sábado, 28 de junho de 2014

D&D 5ed: Magos, Hobgoblins e Caveiras Flamejantes!

Temos mais algumas novidades reveladas em relação ao D&D 5ª edição. Primeiro foram reveladas uma ilustração da aventura Lost Mine of Phandelver e a ficha estatística do hobgoblin:

Esta coisa é um flameskull, um dos monstros que certamente aparecerão na aventura.

E a planilha dos hobgoblins, inimigos clássicos em D&D.

O hobgoblin tem uma CA bastante alta, mas condizente com o equipamento descrito, o que faz dele um oponente razoavelmente perigoso em níveis baixos. Além disso, a sua habilidade de causar 2d6 de dano extra se o oponente estiver ladeado por um aliado é absurdamente poderosa. Eu diria mesmo que é desproporcionalmente forte.

Fora estas duas revelações, foi também disponibilizada a planilha pronta do mago que acompanha o Starter Set:

Clique na imagem para ampliar.


Da planilha do mago podemos tirar mais algumas informações úteis para analisar como deverá se parecer o sistema final desta nova edição do D&D.

Vemos que o mago receberá o d6 como dado de vida, tornando ele muito mais resistente do que nas edições mais antigas, mas indo de encontro com o que vemos no Pathfinder, por exemplo. Outra coisa que podemos observar é que o mago exemplificado inicia com um bônus de ataque total de +4, o que é bastante alto. Para comparar, é o mesmo bônus que o anão clérigo revelado anteriormente, e apenas um ponto abaixo do guerreiro do grupo. Comparando com os monstros, o mago de primeiro nível ataca melhor do que o hobgoblin (um monstro de 2 Dados de Vida), tão bem quanto a geléia ocre e o nothic (com 6 DV cada um), e apenas 2 pontos pior do que o ogro (que possui 7 DV e Força 19, portanto bônus de atributo de +4).

Eu não gosto muito dessas mudanças que tornam o mago tão capacitado para o confronto físico. É talvez reflexo da mania que ficou escancarada no D&D 4ªed de tornar todo mundo fisicamente hábil para o combate, como se cada classe não tivesse sua especificidade dentro do jogo. Além de que, acho o mago uma classe já bastante poderosa conforme progride de nível, não vejo necessidade de torná-lo também hábil em combate.

Quanto a magias, no geral as coisas funcionam para os magos igual ao que vimos para o clérigo: uma quantidade de magias preparadas maior do que o número de magias que ele é capaz de conjurar por dia. Como já falei antes a este respeito, isso diminui a importância estratégica da escolha de magias preparadas e facilita muito a vida do jogador/personagem.

O mago também é capaz de recuperar alguns de seus slots de magias já utilizados através de um short rest (um descanso de uma hora), uma vez ao dia. Claro que nem sempre é possível parar por uma hora durante a aventura, mas tecnicamente essa capacidade aumenta consideravelmente o poder de fogo do mago.

Analisando a lista de magias do mago, gostei de algumas coisas e não gostei de outras. Pelo aspecto positivo, Detectar Magia voltou a ser uma magia de 1º nível, o que faz todo o sentido devido ao poder e utilidade desta magia. Pelo aspecto negativo, temos cantrips (magias de nível zero, que podem ser utilizadas à vontade) que são magias ofensivas, capazes de causar dano - o que em minha opinião cria um certo problema de roleplay no cenário (é como se existisse alguém eternamente armado).

Estamos a pouco mais de 15 dias do lançamento oficial do Starter Set, e a 5 dias do lançamento para as lojas associadas à WotC. Falta pouco para termos o Basic D&D em mãos e poder dar uma olhada mais a fundo no sistema e entender direito como todos estes aspectos se relacionam de verdade no jogo.

5 comentários:

  1. Achei bem interessante eles terem escolhido acolyte, como background do mago. E quanto a questão dele poder lembrar mais magias do que pode conjurar... Bem, acho que é uma forma de compensar o número reduzido de magias nos níveis mais altos.
    Mas é, ter uma cantrip capaz de causar dano é complicado, especialmente com um mago que já tem +4 no ataque.

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    1. Verdade, uma das coisas que eu tenho achado legal nessas planilhas prontas do starter é justamente que dá a impressão de que houve um esforço real para se montar personagens e não apenas planilhas.

      Espero que essa preocupação com o roleplay se mantenha ao longo da linha.

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  2. Boa análise, mas as magias de nivel 0 serem at will, é algo que também tinha no Pathfinder. Estou gostando da 5 ed pois está me lembrando a 3 ed, esperar para ver !

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    1. "Cantrips at will" é tão velho que eu mesmo já fazia isso no AD&D 2ªed lá nos anos 1990.

      Agora, de fato, o Pathfinder tem esse mesmo problema dos cantrips at will que causam dano, e é uma das coisas que não gosto no sistema.

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