segunda-feira, 14 de agosto de 2017

#RPGaDay 2017: Qual RPG Você Prefere Para Jogar Campanhas Abertas?

A ideia dessa pergunta, sobre o que eu traduzi aqui como "campanhas abertas", é qual jogo é o preferido para campanhas sem um final predeterminado, aquelas campanhas em que o mestre deixa o jogo rolar sem ter uma ideia clara de como a campanha irá acabar - se é que irá acabar alguma dia.

Minha resposta para isso talvez seja um pouco óbvia para qualquer um que siga este blog: Dungeons & Dragons. Em qualquer uma de suas encarnações, sejam suas várias edições ou seus clones (exceto a 4ª edição... eu não curto o D&D 4ª ed).

No geral, para uma campanha mais longa, eu prefiro uma evolução mais lenta, então eu sempre me sinto mais confortável com algo mais próximo do BD&D ou AD&D, ou as encarnações mais recentes do D&D com modificações no passo de evolução para dar uma freada no ritmo.

A Rules Cyclopédia é uma das versões do D&D que trabalha muito bem o end game.

E o BD&D e o AD&D tem uma vantagem que ficou meio que ausente nas versões mais modernas do jogo: o dito end game. Aquilo que acontece quando os personagens estão em nível alto e poderosos o suficiente para realmente influenciar seriamente no andamento do mundo de campanha. Construir fortalezas, torres, guildas e templos, atrair seguidores, administrar reinos, comandar exércitos, e porque não, virar uma divindade!

Poucas coisas são mais legais em uma campanha de final aberto do que conseguir chegar ao end game, e então trocar de personagens os quais passarão a jogar no mundo onde os feitos da geração anterior agora fazem parte do cenário!

3 comentários:

  1. Mestrei por muitos anos uma campanha, D&D 3.5, até chegar e ir adentro dos níveis épicos, precisamente 33º nível de personagens para cada um dos cinco integrantes do grupo. Foi de fato uma fantástica saga, uma campanha que mesmo nos dias de hoje, encerrada há alguns anos, é relembrada pelos jogadores daquele tempo. Mas o que quero indagar é simples e ao mesmo tempo intrigante: afinal existe mesmo um "end game"? Quando sabemos exatamente qual o momento? O que faz ele ser percebido? O que o motiva? É realmente necessário? A questão é relativamente abrangente, mas tudo depende estritamente do "andar da carruagem", em que ponto e qual ponto você alcançou na sua campanha que é necessário o grand finale. Na minha campanha que tomou proporções épicas, muitos planos de existência foram explorados, desde os elementais, exteriores, interiores, inclusive outros planos materiais primários, além da vultuosa Sigil, a qual rendeu um plot maravilhoso. Cito tais locais em um breve resumo pois apesar de passarem por eventos grandiosos, feitos altivos que basicamente abalaram muitas estruturas planares e organizações poderosas, além de terem conquistado seus próprios títulos, feudos, propriedades, riquesas, baús repletos de itens mágicos, pergaminhos, tomos antigos, inclusive artefatos menores, itens épicos, muito antes do "fim" de sua jornada, não foi algo premeditado a decisão, foi algo sentido, percebido, além daquilo que se pode prever ou planejar, não que seja impossível de tal forma, mas não soaria natural. Acredito que o fim de uma jornada, uma saga erigida com muito afinco, noites e dias a fio, merece algo especial, regido pelo valor merecido. E foi deste modo que então, decidimos em grupo, a aposentadoria do mesmo após um evento de proporções monumentais, cada um experiente, velhos dado às peculiaridades de raça, decidiram viver suas vidas a suas maneiras, de acordo com seus dogmas, estilos ou filosofia de vida, como heróis lendários, degustando a desejada paz e um pouco de serenidade a suas vidas agitadas. Hoje esses personagens são npcs e sempre que possível, incluo um ou outro nas histórias dos grupos subsequentes, afinal o que ficou dos 7 anos de jogos a fio desta campanha em particular, foi o legado dos personagens que outrora abalaram Faerûn e os planos de existência, para sempre.

    DM - Roberson Cassol

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    1. Salve Roberson!

      Primeiramente, é bom esclarecer que o "end game" não é o "game over", isso é, end game é o jogo de alto nível, o objetivo final ao qual a campanha se destina, quando os personagens mudam seus objetivos e metas para coisas mais grandiosas e menos imediatistas. Não um game over, que é quando o jogo se encerra e passamos para outro jogo.

      Dito isso, acho que é exatamente como você disse: o end game simplesmente acontece. É uma consequência natural dos personagens alcançarem um nível tão alto que as ameaças corriqueiras enfrentadas até então já não os desafiam mais, e eles passam para outras paragens. A exploração extensiva de outros planos de existência, inclusive, é uma das características do end game - o que vemos que ocorreu naturalmente no seu jogo! E como ele acontece naturalmente, como um anseio natural dos jogadores ao atingirem tal patamar com seus personagens, é bom quando as regras preveem isso e dão uma ajuda pro mestre com alguns parâmetros sobre como conduzir isso.

      Já o game over, isso é, quando encerrar as aventuras daquele grupo e partir para novas experiências, também é algo que surge naturalmente. Deve ser percebido, pois não pode ser medido. Acontece quando todos os jogadores, ou ao menos a maioria, percebe que já estão com saudade daquelas aventuras de nível baixo, mais imediatistas, quase sem preocupações e sem consequências. Quando isso acontece, geralmente é hora de terminar e começar de novo do início!

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    2. Saudações Igor.

      Pois é, como você citou em se tratar de uma campanha e não uma aventura por si só, já que o conceito de campanha é extremamente abrangente e envolve uma cadeia de eventos decorridos em várias aventuras, me arremeteu ao encerramento e não uma conclusão de uma aventura em particular, agora porém, devidamente compreendido.

      De todo modo, a premissa é essencialmente a mesma. Quero aproveitar e parabenizar pelo empenho e trabalho, sempre que possível dou uma olhada aqui no blog.

      Forte abraço!

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