sexta-feira, 31 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Compartilhe Porque Você Participou do RPGaDay

Eu participei esse ano do RPGaDay basicamente por duas razões:

1 - Porquê eu quase não escrevi nada no blog esse ano. Devido a diversos problemas, muitos deles de saúde ou relacionados a isso, acabei ficando meio afastado aqui do Dungeon Compendium durante a maior parte do ano. Para não tornar esse um ano que passou quase em branco, e tentar retomar a rotina de postagens mais frequentes, decidi tomar parte no desafio do RPGaDay. Quase todo ano essa é uma razão para participar do desafio, mas esse ano em específico era muito necessário algo que me estimulasse a retomar as postagens por aqui.

2 - O RPGaDay dá a oportunidade de escrever algumas coisas diferentes, fugindo dos temas normais tratados aqui no blog, e me força a escrever não apenas sobre aquilo que me dá vontade espontaneamente. E é uma oportunidade de falar de alguns jogos diferentes e de experiências interessantes do passado.

E é isso. O RPGaDay2018 chegou ao fim. É aguardar até o ano que vem, e seguir com as postagens normais daqui em diante!

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Compartilhe Algo Que Você Aprendeu Jogando Seu Personagem

Durante os vários anos de jogo, jogando com os mais diversos personagens, uma coisa que eu aprendi é que fanáticos extremistas são sempre um problema. Não importa se é o orc tirano maligno que quer matar todos que não sejam da mesma raça que ele, ou o paladino que segue a lei à risca todo o tempo, mesmo quando ela é obtusa e prejudicial ao povo - todo extremista é problemático e eventualmente precisa ser combatido (ou ao menos confrontado).

E não interessa quão boas são as intenções originalmente, chega uma hora que o extremista torna-se ou um terrorista (quando seu fanatismo o leva a agir) ou um espectador passivo da derrocada dos seus (quando seu fanatismo o leva à inação). Se ele não for confrontado a tempo, inevitavelmente ele trará graves problemas à comunidade (seja ela o mundo todo, um reino, uma cidade, ou o grupo de aventureiros).

Eu já joguei com vários personagens que eram eles mesmos os extremistas fanáticos: um paladino de Helm que seguia as leis e regras sem julgar suas consequências (e que acabou morrendo e levando todo o grupo consigo por isso, sem ter atingido nenhum bem maior com isso); um forsaker que por negar-se a utilizar magia quase pôs em cheque o bem estar de todo o multiverso; um agente da CIA meta-humano que traiu seu grupo de super-heróis porque seu governo acreditava que um deles era um terrorista; um elfo xenófobo e vingativo que quase matou seus próprios aliados baseado em seus preconceitos racias... E veja que a maioria desses personagens eram de alinhamento bom, e ainda assim eles cometeram grandes erros, alguns beirando atrocidades.

Claro que também já tive de confrontar personagens de outros jogadores que estavam eles na posição do fanático extremista, antes que algo pior acontecesse. E, por óbvio, enquanto mestre frequentemente uso essa percepção na construção de NPCs - principalmente de antagonistas.

Eu também aprendi que sou um líder relutante: eu muito gratamente entrego a liderança do grupo na mão de qualquer um que esteja disposto a assumir a posição. Mas se eu percebo que o grupo está sem rumo, patinando por falta de alguém disposto a tomar decisões pelo grupo, eu prontamente assumo a posição de liderança e abraço a responsabilidade pelas decisões que precisam ser tomadas. Faço o mesmo quando percebo que o único disposto a liderar é um extremista fanático como o citado acima, e que sua liderança vai levar todos a um final trágico.

Não aguento ver as coisas dando errado por causa de mera indecisão, ou porque as decisões são tomadas com base em posições intransigentes e não por critérios objetivos e racionais.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Compartilhe Uma Amizade Que Você Possui Graças aos RPGs

Ao longo dos anos fiz muitas amizades devido aos RPGs - eu diria que a maior parte de meus amigos advém dessa atividade. De fato, como eu já comentei aqui, até minha esposa eu conheci jogando RPG.

Eu possuo algumas amizades bastante antigas (de cerca de 20 anos) iniciadas através do RPG, e seria fácil falar sobre uma delas. Mas como eu já segui o caminho fácil ontem, ao invés de falar de um de meus amigos próximos e antigos, vou falar de uma amizade um tanto mais recente e não tão próxima, mas da qual tenho muito orgulho: Rafael Beltrame.

Conheci o Rafael Beltrame através da lista de e-mails do Old Dragon, quando o jogo havia sido recém lançado. Através daquelas conversas via e-mail na lista, uma amizade foi se tecendo. Entrei no Facebook por causa dele, que me convidou insistentemente, e através daquela rede o contato entre nós ficou um pouco mais próximo.

É verdade que nos encontramos pessoalmente muitas poucas vezes (a primeira vez foi na Moonfest), e não nos falamos diretamente com tanta frequência assim, mas sempre mantemos o contato, principalmente através do Facebook. Mas desde os primeiros contatos com o Beltra sempre achei ele um cara muito bacana, e depois de conhecê-lo pessoalmente, essa opinião só foi reforçada.

De lá pra cá também trabalhamos 2 vezes juntos escrevendo suplementos para o Old Dragon (o Guia de Armadilhas e o Guia de Raças), e em ambas as vezes foi uma experiência bastante satisfatória (espero que trabalhemos juntos novamente outra vez!).

Apesar da distância e dos contatos menos frequentes do que eu gostaria, é uma amizade da qual me orgulho e que não possuiria sem o RPG para fazer essa ponte e nos colocar em contato.

Aproveitando o ensejo, vou usar essa postagem para fazer um pequeno jabá para o Rafael Beltrame: caso vocês não saibam, ele possui uma campanha no Apoia.se onde ele cria materiais e posta dicas para o Old Dragon. O nome da campanha é Aventuras Beltrâmicas, e é possível apoiar com valores a partir de R$ 5,00 e já ter acesso ao material produzido.

A qualidade do material produzido pelo Beltra os fãs do Old Dragon já conhecem. Então, se desejar ter acesso a mais conteúdo produzido por ele, vá lá e apoie a campanha Aventuras Beltrâmicas!

terça-feira, 28 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Compartilhe Aquele a Quem Você é Grato Pela Inspiradora Excelência Como Jogador

Essa é uma questão complicada de responder. provavelmente, seja lá quem for lembrado, estarei cometendo uma injustiça com alguém que deveria ter sido citado.

Vou pelo caminho mais fácil e agradecerei ao meu grupo de jogo atual. Com uma ou outra mudança, um jogador que sai do grupo, outro que entra, a grosso modo já jogo com esse grupo por mais de 12 anos. Alguns deles bem mais do que isso.

Minha esposa Daiane, o Neto com quem eu jogo desde os idos do segundo grau (pois é, não era nem ensino médio ainda naquela época...), Guido, e os mais "novatos" Eduardo, Daniel, sem contar outros como o Guto, Rubens, Aureo, Yuuji, Wadeco, Alan, Panda, que estão fora do grupo no momento mas sei que qualquer hora dessas podem voltar à nossa mesa (mesmo que tenha de ser na versão remota).

A galera manda muito bem no jogo. Criam personagens interessantes, interpretam de maneira legal, se interessam pela história do jogo... Eles mandam tão bem que frequentemente não preciso fazer nada além de observar e ir na onda deles, enquanto eles mesmo constroem a história com diálogos e interações entre seus personagens!

Jogar com eles é sempre bem divertido e recompensador. Só tenho a agradecer a esse grupo!

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Compartilhe um Bom Podcast ou Streaming de Jogo

Desconfio que não serei capaz de compartilhar com vocês algo que eu goste. A missão de hoje será uma missão na qual terei de falhar.

Quando falamos em podcast, geralmente refere-se a podcasts de áudio. Eu não gosto de ouvir podcasts. Geralmente, em menos de cinco minutos eu já parei de prestar atenção ao que estão dizendo, e tenho de ficar voltando o áudio toda hora para conseguir entender o assunto, porque obviamente eu ignorei alguma coisa (ou tudo) que foi dita antes.

Vídeos funcionam bem melhor para mim do que podcasts. O que nos leva aos streaming de jogos de RPG. Transmissões de partidas, muitas vezes com celebridades na mesa, ou coisa do tipo. Deve ter algum que eu curta, não é mesmo?

Então... desde sempre, uma coisa que eu acho totalmente entediante é assistir à partida de RPG de outras pessoas. Jogar RPG é muito legal, mas assistir ao um jogo é simplesmente a coisa mais chata do mundo. Ou eu estou participando, ou vou fazer algo mais interessante, porque não vejo nenhuma graça em assistir a jogos de RPG. Nem ao vivo, nem em streaming, nem de forma nenhuma.

Alguns (e veja, eu disse alguns) reportes de sessão por escrito são interessantes, quando dão bons insights sobre como organizar uma sessão, ideias de cenário, ou aplicação de alguma regra da casa nova. Nesse quesito, o melhor reporte de sessões de que me lembro eram as velhas postagens sobre a campanha de Dwimmermount que eram postadas no falecido (mas ainda em pé, como todo bom morto-vivo!) Grognardia.

Mas o dia não é sobre reportes de sessão, é sobre compartilhar podcasts e streamings. E sobre estes eu não tenho nenhum para lhes indicar.

domingo, 26 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Sua Ambição Relacionada aos Jogos Para o Ano Que Vem?

Eu espero iniciar uma nova campanha no ano que vem. De qual jogo? Eu não faço ideia!

Mas o importante é que eu consiga encerrar satisfatoriamente a campanha de Legends of the 5 Rings que estou conduzindo atualmente, para que possamos passar para um novo jogo e iniciar novas aventuras em terras diferentes.

sábado, 25 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Nomeie Um Jogo Que Teve Impacto Sobre Você no Último Ano.

Eu tenho lido muitas coisas do DCC RPG, assim como de Lamentations of the Flame Princess, e talvez eu possa dizer que eles venham tendo alguma influencia sobre meus jogos.

Alguns conceitos comuns a ambos, como a influencia do bizarro (weird) nas aventuras, um certo nível de caos e aleatoriedade, e alguma despreocupação com o balanceamento dentro do jogo, tem cada vez me agradado mais, e eu tento de algum modo puxar um pouco disso também para os outros jogos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Qual RPG Você Acredita Merecer Receber Mais Reconhecimento?

Um jogo que eu acho que ainda não tem o reconhecimento que merece é o Space Dragon. Tudo bem que a nova caixa básica do jogo está prevista para Dezembro deste ano, e com seu lançamento as coisas podem mudar um pouco em relação ao reconhecimento do jogo, mas penso que no atual momento o Dragão Espacial ainda carece do reconhecimento devido.

Me parece que muita gente ainda pensa no jogo apenas como o "Old Dragon no Espaço", o que é bastante injusto. O Space Dragon é sim baseado no sistema do Old Dragon. Os dois jogos são sim amplamente compatíveis. Mas o Space Dragon é um jogo independente, e de muitas formas mais complexo (e talvez até mesmo mais completo) que o Old Dragon.

É um jogo muito bom e, o mais importante, muito divertido de jogar.

É uma pena que ele não possua uma comunidade tão ativa quanto a do seu irmão mais velho, e que por muito tempo a própria editora não tenha lhe dado muito suporte (o que, felizmente, deve mudar em breve), o que faz com que ele possua poucos suplementos e não aproveite completamente suas infinitas possibilidades.

Por sorte o financiamento coletivo que trará até nós a nova caixa básica no final do ano também foi capaz de produzir a Coleção Intrépida Galáxia, um conjunto de 5 novos suplementos para o jogo.

Falando nisso, ainda é possível participar do Late Pledge da caixa básica do Space Dragon. O late pledge funciona como uma pré-venda, onde você compra o produto agora para recebê-lo quando ele for lançado. Se você não conhece o jogo, vale à pena dar uma oportunidade para ele.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Qual Jogo Você Espera Jogar Novamente?

Um jogo que eu tenho vontade de jogar novamente é Cyberpunk 2020.


É um jogo com uma temática que me agrada mas que joguei apenas umas poucas vezes, por isso mesmo não me lembro de muito sobre o sistema, já que nunca tive oportunidade de me aprofundar muito no jogo.

Atualmente tenho uma cópia do livro, e acho que vou dar uma lida nele para quem sabe conduzir algumas sessões e ver como a coisa se desenrola na mesa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Qual Sistema Sem Dados Mais Lhe Atrai?

O sistema de RPG sem dados que mais me chama a atenção é um o qual nunca joguei: Dread.


Dread é um jogo de horror e suspense que utiliza uma torre de Jenga no lugar de dados. Conforme os personagens tentam realizar atos difíceis de serem completados, coisas além de suas capacidades normais, o jogador deve retirar um peça da torre para ser bem sucedido, ou optar por não retirar e falhar.

Caso a torre seja derrubada, o personagem daquele jogador está fora do jogo permanentemente. Se a torre caiu sem querer, o mestre define o fim trágico do personagem. Se o jogador derrubar a torre propositalmente, ele tem direito a escolher o destino final de seu personagem de uma forma mais dramática ou heroica.

Considerando quão mais difícil e delicado vai se tornando o trabalho de retirar as peças de uma torre de Jenga durante o andamento do jogo, penso que essa mecânica é ótima para construir a tensão sobre uma ação e no jogo como um todo. Um dia ainda tenho de testar essa mecânica, nem que seja importando parcialmente para um outro jogo.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Qual Mecânica de Dados Mais Lhe Atrai?

Eu gosto de mecânicas que colaborem na imprevisibilidade das coisas. Regras de resultado crítico em geral caem nessa categoria, tanto falhas como acertos críticos.Críticos são legais, seja com resultados fixos após sua obtenção, ou ainda com tabelas que determinam seus resultados de forma aleatória.

Mecânicas de "explodir" ou "abrir" o dado (isso é, quando a partir de um determinado resultado nos dados, rola-se novamente e soma-se o novo resultado ao valor original) também são muito legais. As armas de fogo no AD&D, em alguns de seus suplementos, usavam essa regra para suas rolagens de dano. Sempre adotávamos essa regra quando jogávamos em algum cenário que permitia armas de fogo, o que tornava qualquer arma de fogo potencialmente mortal.

Lembro também que no Rolemaster as rolagens podiam abrir não apenas para cima (isso é, somando ao resultado original), mas também para baixo (subtraindo do resultado original)! Isso significava que às vezes você podia realizar um feito impressionante e fantasticamente além de suas habilidades normais, mas também era possível falhar magistralmente de forma inimaginável!

E claro, não podemos esquecer da regra do D30! Esta, além de permitir um tipo de mudança drástica no resultado normal de uma rolagem, ainda se aproveita de outra coisa que gosto em mecânicas de dados: o uso de dados diferentes do padrão!

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Qual Mecânica de Jogo Mais Inspira o Seu Jogo?

Eu poderia falar de alguma mecânica específica e esotérica de algum jogo obscuro, mas a pergunta é a mecânica de jogo que mais inspira meu jogo.

Sendo assim, não adianta citar uma mecânica que é interessante, mas não tem um impacto assim tão grande em meu jogo. Ao invés, a mecânica que eu citarei é, de fato, um dos pilares do RPG (ao menos na minha opinião): as ações dos personagens dos jogadores pertencem única e exclusivamente aos jogadores.

Sim, a liberdade total dos jogadores ao decidir os ato de seus personagens, sem intervenção do mestre, é a mecânica que mais me inspira.

Eu costumo seguir essa máxima à risca, evitando interferir nas escolhas dos jogadores ao máximo, dando-lhes escolhas reais, e permitindo até mesmo que eles realizem ações que aparentemente "estraguem" tudo o que foi planejado para a aventura.

Assim, as aventuras seguem por caminhos mais interessantes e inesperados, e também confere maior importância às escolhas dos jogadores, além de surpreender a todos na mesa - jogadores e mestre.

Plane Shift: Dominaria - O Mais Esperado Cenário de Magic: The Gathering Para D&D 5ªed!

Finalmente foi publicado o cenário mais esperado desde o início da série Plane Shift da Wizard of the Coast: Dominaria!
Plane Shift: Dominaria é um documento em PDF liberado gratuitamente pela Wizards of the Coast detalhando alguns elementos do cenário para as regras da atual edição do D&D.
 
O que já não é novidade, assim como os demais cenários já adaptados do mundo de Magic, o documento é pensado para ser usado em conjunto com o livro The Art of Magic: The Gathering — Dominaria, um artbook que descreve o cenário em maiores detalhes sem nenhum tipo de regra associada. Mas da mesma forma que os documentos anteriores, o artbook não é realmente necessário para utilizar o documento disponibilizado.
 
Para quem não conhece, Dominaria é o cenário base de Magic ao menos até sua 5ª edição, assim como de ao menos 27 expansões do jogo. É o local de origem de personagens como Urza, Gerard Capashen, Karn, Teferi, e tantos outros. Por ser um cenário tão rico e complexo, Plane Shift: Dominaria acabou sendo um pouco decepcionante, cobrindo apenas uma pequena parte do cenário sem se aprofundar muito em sua história.
 
Plane Shift: Dominaria descreve apenas o continente de Aerona, detalhando apenas 7 elementos da região, entre locais e organizações. Há dicas para a condução de campanhas no cenário e várias tabelas para auxiliar o mestre, descrições dos papéis das classes no cenário, regras para novas raças disponíveis para os personagens dos jogadores, mas ainda assim é um documento curto (apenas 24 páginas) que deixa um impressão de superficialidade extrema ao descrever aquele que é provavelmente o cenário mais extenso de Magic: The Gathering.
 
Na introdução, o autor James Wyatt explica um pouco das razões que levaram o documento a ser como é, mas para mim fica claro que a principal razão é o tempo e esforço que estão sendo gastos no desenvolvimento do Guildmasters’ Guide to Ravnica.

Bem, com os cenários de Magic entrando oficialmente para a lista de cenários oficias de D&D, espero que no futuro Dominaria ganhe uma abordagem mais digna de sua importância e complexidade.

domingo, 19 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Qual a Música Que Estimula o Seu Jogo?

Devo confessar que eu não sou uma pessoa muito musical. Eu ouço muito pouca música, o que faz com que música não seja uma grande influência nas minhas criações.

Assim, eu não relaciono nenhuma música ao meu jogo, da mesma forma como não as utilizo enquanto jogo.

Mas já ouvi relatos bem bacanas de amigos que chegavam a produzir playlists completas, com temas para cada cena e local de suas aventuras. Parecia ficar bastante interessante, mas infelizmente nunca presenciei como era.

sábado, 18 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Que Arte Inspira o Seu Jogo?

"Arte" é um campo bem amplo, mas devido à pergunta do dia de amanhã, imagino que aqui a intenção seja falar de algum tipo de arte visual, provavelmente ilustrações.

Nesse quesito, algo que sempre foi uma grande inspiração para meus jogos são as velhas edições de A Espada Selvagem de Conan. Acho que já comentei por aqui uma vez que meu irmão possuía a coleção completa dessas revistas quando eu era criança, e sempre gostei muito de  lê-las.

Não tem como não amar essas capas!

Da belíssima arte das capas, à magnífica arte preto & branco de mestres como John Buscema, tudo naquela série de revistas era visualmente excelente. E eu tento de alguma maneira transpor algo daquele clima em meus jogos.

Saindo um pouco da área visual, os roteiros de Roy Thomas nas revistas eram fenomenais, assim como sua qualidade indiscutível como editor, e aprendi muito sobre como tornar uma história  empolgante com ele.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Descreva o Melhor Elogio Que Você Recebeu Durante Um Jogo

Um dos maiores elogios que eu já recebi durante um jogo não foi exatamente um elogio. Na verdade foi uma comemoração do mestre por eu ter perdido um personagem.

Numa campanha de D&D 3.5 em que eu era jogador, estávamos em um ponto crítico em que o grupo iria atravessar um portal mágico, que ficava aberto apenas por uma curta janela de tempo, para outra dimensão que de outra forma era inacessível. Eu controlava 2 personagens: um guerreiro que era meu personagem principal, e um bardo que era um semi-NPC, criado para suprir umas necessidades do grupo no inicio da campanha (e para eu usar enquanto meu personagem principal não podia se juntar ao grupo por questões da história).

O grupo viajava em um barco voador, que seria usado para alcançar o portal no céu. Obviamente, fomos atacados durante a tentativa da travessia, pelos demônios da outra dimensão os quais combatíamos. Na confusão do combate, à mercê de sermos atrasados e não conseguirmos fazer a travessia, o clérigo do grupo usou uma magia para banir as criaturas que não eram de alinhamento bom de uma parte do barco. A magia, claro, visava os demônios, mas o jogador calculou mal a área e acabou englobando meu bardo - que era neutro, não bom!

O bardo foi banido para a cidade abaixo do barco voador, não conseguindo atravessar o portal, e consequentemente ficando de fora do restante da campanha. Quando isso aconteceu, o mestre comemorou de forma esfuziante! Parecia que ele havia "ganho o jogo". Que seu time era campeão do mundo. Ele ficara tão feliz porquê, apesar do bardo ser certamente o menos poderoso do grupo frente aos demais guerreiros, magos e clérigos de nível épico, era frequentemente ele que resolvia os maiores problemas do grupo, quem encontrava soluções para os dilemas mais graves, e que tirava o grupo das enrascadas mais complexas - as quais normalmente não podiam ser resolvidas com poder bruto.

Basicamente, o mestre estava comemorando o fato de que, a partir daquele momento, o trabalho dele de criar perigos e dificuldades a serem vencidas havia se tornado muito mais simples. Foi um reconhecimento de que o bardo era, mesmo contra o que os números nas planilhas diziam, o personagem mais poderoso do grupo. E tudo isso devido ao meu roleplay com o personagem

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Descreva Seus Planos Para Seu Próximo Jogo

Como próximo jogo vou assumir não a próxima sessão, mas sim um próximo jogo diferente do que eu estou conduzindo no momento.

Eu planejo mestrar uma campanha de DCC RPG. Ou melhor falando, uma sequência de aventuras de DCC RPG, já que não tenho muita esperança que um grupo consistente sobreviva de uma sessão a outra e por isso pretendo que as aventuras não tenham muita correlação no quesito de continuidade da história.

Uma campanha mais solta, que permita grande mobilidade de personagens entre as sessões, com aventuras variadas e que não dependam uma da outra. Uma campanha bem old school, de fato.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Descreva Uma Situação Difícil no RPG da Qual Você Gostou

O primeiro arco de minha última campanha de Ravenloft se passava dentro de um sonho na Terra dos Pesadelos. Mas o ponto principal disso é que os jogadores não sabiam disso!

Eles sabiam que estávamos jogando Ravenloft. Sabiam também que a cidade em que estavam não era parte oficial do cenário, mas sim uma criação própria minha para a campanha. Mas acreditavam se tratar de um novo Domínio, sem nem desconfiar de que era na verdade apenas algo dentro de um Domínio que já existia. O fato de que seus personagens estavam dormindo, então, nem lhes passava pela cabeça.

O excelente boxed set The Nightmare Lands.

Eu propositalmente alterava coisas na cidade, descrevia locais de forma diferente, interpretava NPCs de outro jeito, mudava detalhes, etc. No início muitas dessas coisas deviam passar aos jogadores como erros meus, confusões ou esquecimentos do que havia sido dito em sessões anteriores, mas aos poucos eles foram percebendo que algumas coisas não faziam muito sentido, e foram ficando intrigados.

Mas de todas as alusões a sonhos que eu fiz dentro dessa parte da campanha, a mais legal - e mais difícil, foi colocar um dos jogadores dentro do corpo de um NPC (no caso, o pai do personagem dele), sem avisá-lo disso. Sabe quando em um sonho você repentinamente muda de personagem, sem nenhum aviso prévio, e você fica um tempo sem ter certeza de quem você é na história? Então!

Foi um pouco difícil fazer isso de forma convincente, e mais difícil ainda fazer o jogador continuar jogando de forma fluida sem explicar a ele o que estava acontecendo. Mas no fim, acabou dando certo. E quando eles finalmente entenderam o que havia acontecido, algumas sessões mais à frente, foi bem legal.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Descreva Uma Falha Que Se Tornou Surpreendente

Na sessão final da minha última campanha de Ravenloft, parte do plot da campanha girava em torno de um demi-lich que possuía uma habilidade singular: todos que viam aquele crânio cravejado de joias o desejavam para si - e acabavam sob domínio da criatura. Ele utilizava essa habilidade como último recurso para garantir sua sobrevivência.

Quando confrontaram seus inimigos naquela sessão, incluindo o dito lich, após todos os demais perigos terem sido devidamente destruídos, dois membros do grupo falharam em seus saving throws e passaram a desejar enlouquecidamente o crânio: o mago e a feiticeira do grupo!

Malditos demi-lichs!

Eu apenas descrevi aos dois jogadores que seus personagens desejavam aquilo mais do que tudo, e fariam qualquer coisa para obtê-lo. Aproveitando que o crânio jazia no chão, o mago correu rapidamente a seu encontro, pegou-o em suas mãos e saiu voando por um buraco no teto da caverna em que estavam, esperando sair dali e abandonar o grupo à sua própria sorte.

A feiticeira, vendo aquilo, não pensou duas vezes: lançou no mago uma magia Desintegrar, pegou o crânio e teleportou-se para longe, ela sim deixando o grupo à própria sorte!

Foi uma cena muito divertida, resultando no final trágico de dois personagens, inesperadamente causada pelas falhas nas jogadas de resistência dos personagens. Algo que ninguém esperava na última sessão da campanha!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Descreva Como o Seu Jogo Evoluiu

Com prática e experiência, a forma como jogamos RPG vai mudando, melhorando, ficando mais variado. Das invariáveis aventuras explorando dungeons dos meus primeiros dias de jogo, hoje me aventuro muito mais por aventuras em cidades, exploração de locais abertos e áreas selvagens, e principalmente aventuras investigativas e intrigas políticas.

Mas o tempo também cobra seu preço, e tem seu lado ruim. Com as atribulações da vida adulta, o tempo para preparar aventuras fica cada vez menor, e acabo sempre optando pelo que precise de menos preparação prévia possível. Isso significa que as aventuras em dungeons tornam-se cada vez menos frequentes, beirando o inexistente, principalmente pelo fato de que dungeons necessitam de muita preparação. Mapas a desenhar, salas a serem abastecidas de monstros, armadilhas e tesouros, etc.

Uma consequência boa disso é que eu aprendi a improvisar muito bem, a definir praticamente tudo o que for necessário na hora. Mas confesso que às vezes sinto saudades de um bom dungeon crawler. Quem sabe recorrer a aventuras prontas possa me ajudar a suprir essa falta, hum?

domingo, 12 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: O Conceito de Personagem Mais Doido?

O conceito de personagem mais maluco com o qual eu me deparei acredito que tenha sido o George Clooney.

George Clooney era um personagem de uma campanha de GURPS Fallout que eu jogava (dessa vez eu não era o mestre), baseada no videogame Fallout 3. Ele era, basicamente, o protagonista da aventura, o filho do médico do vault que foge no inicio do jogo.

O que era doido em relação ao conceito do personagem é que ela era "o" George Clooney. Não exatamente o ator, mas o personagem dele no seriado Plantão Médico (ou ER no original). Ele não precisava nem ser descrito, a explicação de como ele era se resumia a "é o George Clooney no Plantão Médico". Seu bordão era apresentar-se como "meu nome é George Clooney, e eu sou médico", e sua maior característica era ser um sedutor melhor do que era como médico.

O conceito era tão hilário e bizarro, que acabou influenciando todos os jogadores que entraram na campanha depois disso. Como consequência acabamos com um grupo que continha o Brandon Lee e o Bruce Willis.

sábado, 11 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: O Nome de Personagem Mais Louco?

O nome de personagem mais doido que eu me lembro no momento é o do elfo chamado Kloaka, em minha primeira campanha de (A)D&D. Sério, até hoje eu não sei porque alguém colocaria o nome de cloaca (ainda que mudando algumas letras) num personagem. E o pior é que sempre me pareceu um nome com uma intenção séria, e não uma tiração de sarro.

Nessa mesma campanha tínhamos ainda o famoso "Lorde Gotardo Lathspell, filho de Kormoran, neto de Raveran, Marquês da Gotânia, O Reluzente, vulgo Gota", o qual sempre se apresentava dessa exata maneira. Pois é, pra mim o lance da Daenerys não passa de uma piada velha...

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Como Jogar Mudou Você?

Considerando que eu faço isso já faz uns 25 anos, jogar RPG é uma parte bastante relevante da minha vida. Certamente tem uma grande influência em quem eu sou, e minha vida seria completamente diferente sem o RPG.

Eu sou um cara meio tímido, e foi através do RPG, participando de jogos em eventos, lojas e outros locais públicos, assim como participando de live actions, que eu fui aprendendo a perder a timidez. Jogar com gente que você nunca viu na vida antes ajuda bastante nesse tipo de coisa.

Meus melhores amigos na universidade eu conheci através de um projeto de utilização de RPG como ferramenta educacional. Se eu já não jogasse ninguém teria me indicado para participar desse projeto e provavelmente eu nem teria me interessado nisso, e nunca teria conhecido essas pessoas incríveis.

No quesito conhecer pessoas, de fato, eu conheci minha esposa jogando RPG. Então, sem o jogo, grande parte da minha vida pessoal seria diferente.

E hoje eu sou um escritor de RPG freelance em tempo parcial, uma atividade que de fato eu nunca imaginei que faria, e é algo que eu não faria sem ser jogador de RPG, já que escrever ou criar jogos em nada tem a ver com minha atuação profissional principal.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Como Um Jogo Surpreendeu Você?

Ainda acho que a coisa mais surpreendente que aconteceu em uma partida de RPG comigo foi quando o monge do grupo desafiou a Morte a uma partida de xadrez. Eu já contei sobre isso várias vezes por aqui.

Então, para não ser repetitivo, vou falar de uma outra experiência que foi um tanto surpreendente. A uns anos atrás mestrei uma campanha de Hunter: The Reckoning. Apesar de gostar dos cenários do velho Mundo das Trevas, uma coisa da qual sempre tive consciência era de que o sistema de regras não é dos melhores. Assim, ele funciona, mas no geral as regras falham em realmente impor a temática de horror pessoal que é a premissa de todos os cenários do Mundo das Trevas.

Ao longo da campanha, foi ficando claro que no Hunter: The Reckoning é diferente. A maneira como o personagem evolui se ganha novos poderes realmente funciona para aos poucos ir tornando os personagens em monstros fanáticos.

O sistema, resumidamente, funciona com base em 3 virtudes (Zeal, Mercy, e Vision), que não podem ser compradas com experiência. A única forma de obter novos poderes é aumentando essas virtudes, que são ganhas de acordo com as ações realizadas pelo personagem. Uma forma rápida de ganhar novos pontos de virtude é utilizando seus poderes de forma bem sucedida. Quanto mais de acordo com seu conceito de caçador de monstros (seu Creed), mais pontos de virtude você obtém. Cada virtude vai até 10, no entanto quando qualquer virtude chega a 7 você recebe uma perturbação, e uma nova perturbação para cada novo ponto acima de 7.

O resultado final desse sistema é que, quanto mais obsessivo em suas ações e mais dependente de seus poderes um personagem é, mais poderoso ele fica, e consequentemente mais insano. Personagens mais preocupados com o aspecto "humano" de suas vidas, isso é, com tentar levar uma vida normal, que não agem de forma obcecada com a caça ao sobrenatural, evoluem muito mais lentamente, mantém-se menos poderosos, mas também retém sua sanidade por mais tempo.

Foi interessante perceber em jogo que o sistema funcionava assim de forma natural, sem a necessidade de imposição do mestre para reforçar esse aspecto do jogo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Como Podemos Ter Mais Pessoas Jogando?

Para atrair mais jogadores ao RPG é necessário divulgarmos o hobby e ensinar mais pessoas a jogar. É preciso ter mesas públicas, sejam presenciais ou virtuais, criar mestrar abertas a iniciantes em eventos (e fomentar os eventos é importante - eles são uma das maiores vitrines pro hobby) e em lojas especializadas.

É importante ser receptivo com os jogadores novos e também com aqueles que por enquanto estão apenas curiosos. Tirar dúvidas sem ser desrespeitoso, agressivo ou irônico porque "o cara não leu o livro". E mais importante, é preciso não ter preconceitos com as pessoas, não ser racista, machista ou homofóbico. Em suma, não ser um babaca. Todos tem o direito de jogar, todos são igualmente capazes de jogar igualmente bem, e mais importante, a comunidade como um todo só ganha quanto mais gente estiver jogando. E criar um ambiente seguro e agradável para pessoas de raças, gêneros, e opções sexuais distintas poderem participar sem medo do hobby colabora para o aumento do público RPGista.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Como Um GM Pode Tornar as Apostas Importantes?

"Apostas" nessa questão se referem aos riscos assumidos pelos personagens, aos riscos associados às suas escolhas. Como o mestre pode fazer o risco assumido parecer importante? A resposta é resumida em uma simples palavra: consequências.

Faça com que todas as ações dos jogadores com seus personagens tenham consequências. Boas ou ruins (e, porque não, boas e ruins ao mesmo tempo), toda ação deve ter consequência. E o tamanho da consequência pode e deve ser proporcional à ação tomada.

E as consequências não precisam ser apenas a curto prazo, consequências de longo prazo também são importantes, e até mais impactantes. Sabe todos aqueles contatos e relações que os personagens constroem ao longo da campanha? Então, faça-os ter impacto na aventura, faça eles reaparecerem eventualmente, ainda que leve muito tempo, faça aquele inimigo criado o início da campanha reaparecer para se vingar quando ninguém mais se lembrava que ele existia e pensavam nele apenas como um inconveniente do passado frente à atual calamidade cósmica que ameaça o universo.

Mas tudo isso só é relevante se os personagens tiverem opções verdadeiras. Se as consequências forem as mesmas não importa o rumo de ação tomado, a consequência deixa de ter relevância. Dê escolhas de verdade aos jogadores. O railroad (o ato que conduzir a aventura dentro de um roteiro preestabelecido, independente das ações dos personagens) mata a importância das escolhas e torna as consequências vazias. Mantenha-se o mais longe possível do railroad!

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: Como os Jogadores Podem Fazer Um Mundo Parecer Real?

No fim é sempre a vontade (e imaginação) dos jogadores que faz um mundo vivo de verdade.

Eu acho que a melhor maneira dos jogadores ajudarem a fazer um mundo parecer real é se interessando por coisas além dos objetivos imediatos da aventura, e interagindo com os diversos elementos do cenário.

Fazendo seus personagens conversarem com os NPCs, explorando detalhes obscuros do cenário, procurando lojas, contatos, guildas, parentes e amigos que criaram em suas histórias de background, esse tipo de coisa.

Em resumo, criando laços com o mundo à volta de seus personagens. Quando os personagens começam a se relacionar com o mundo, e a se importar com ele de alguma maneira, ele começa a se tornar um mundo vivo e "real" (ainda que apenas em nossa imaginação!).

domingo, 5 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: NPC Recorrente Predileto?

Eu ainda penso que um dos NPCs recorrentes mais memoráveis para mim, enquanto mestre, é o velho mago Nethril, conselheiro e mentor do grupo de aventureiros em minha primeira campanha de (A)D&D.

Mas como eu já falei dele lá em 2013, vou escolher um NPC recorrente que foi memorável em uma campanha em que eu era jogador: Larissa, a golem de carne!

Em uma campanha de D&D 3.5 que jogávamos, nosso grupo em certo momento encontrou uma mulher, que na verdade era um golem de pedra inteligente, transformado com uma magia Pedra em Carne, que foi a serviçal de um mago poderoso do passado. Ela acabou sendo recrutada como parte do grupo, e era definitivamente um de nossos membros mais poderosos (porque, afinal, golens são imunes a quase tudo!).

Era interessante, porque ela era um personagem totalmente pacífico, gentil e inteligente, que era visto por parte do grupo como uma potente arma, quase um equipamento (porque ela era um construto, e não um ser natural), e por outra parte como um pessoa de verdade, com direito a escolher seu próprio destino.

Acho que originalmente nunca foi intenção do mestre que ela acompanhasse os personagens, apesar dele ter acabado permitindo isso, porque por vezes ele encontrava desculpas para ela não nos acompanhar nas missões - porque sim, nós queríamos levá-la para cima e para baixo, em todo lugar, pois as imunidades dela sempre eram uma mão na roda!

sábado, 4 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: NPC Mais Memorável?

O NPC não-recorrente mais memorável, para mim, acho que foi o Papai Noel. Sim, esse Papai Noel mesmo que você está pensando!

Eu usei o Papai Noel como o Lorde Negro de um Domínio de Ravenloft em uma aventura especial de Natal que mestrei para meu grupo, como parte da nossa campanha no cenário. Nicolaus Klaus era um druida obcecado com o bom comportamento de sua comunidade e a obediência aos ritos religiosos, que abduzia as crianças mal-educadas para forçá-las a trabalharem, sob jugo de membros do povo fada que ele comandava, em sua oficina de presentes.

Claro que não demorou muito pros personagens dos jogadores descobrirem que, ou eles combatiam aquele druida pseudo-bondoso e livravam aquelas pessoas de seu jugo maligno, ou nunca mais sairiam daquela vila no extremo norte gelado.

Além do Papai Noel, nessa mesma aventura também havia uma pequena criatura faérica feita de gravetos que servia de má vontade o druida, e era extremamente rabugenta, que foi muito divertida de interpretar, e da qual também sempre me lembrarei.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: O Que Confere "Capacidade de Permanência" a Um Jogo?

Acho que essa pergunta pode ser respondida de mais de uma maneira.

Mercadologicamente falando, penso que um jogo consegue manter o fôlego enquanto produto com lançamentos constantes, suporte aos jogadores, e mantendo a comunidade de fãs ativa, interessada e participativa.

Em mesa, o que mantém um grupo interessado em um jogo é a robustez do sistema relativo ao estilo de jogo proposto, isso é, sua funcionalidade intrínseca e sua capacidade de sustentar modificações e ajustes (as ditas house rules) sem desmoronar completamente (e a facilidade de implementá-las eu diria que também é importante), e também as possibilidades de variação de temas (não necessariamente estilo ou cenários) abordados pelas aventuras.

Um outro aspecto, um tanto independente dos demais, é a qualidade do cenário, o quanto de interesse ele consegue atrair do grupo, de forma a mantê-los jogando e interessados em criar histórias nele, independente do jogo continuar recebendo suporte de publicações, ou da qualidade do sistema.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Começou a Pré-Venda: A Relíquia do Vale do Trovão!

Começou hoje a pré-venda da aventura de Old Dragon: A Relíquia do Vale do Trovão!

Com preço promocional e PDF grátis!

Inicialmente a pré-venda estava prevista para acontecer ainda em Julho, mas esta data precisou ser adiada em alguns poucos dias.

A aventura tem preço de capa de R$ 39,90 mas na pré-venda sai por apenas R$ 29,90 e ainda dá direito à sua versão em PDF gratuitamente já no momento da compra. A previsão de entrega do livro é para 15 de Setembro de 2018.

E não apenas isso, a Redbox está fazendo várias promoções, com pacotes mais em conta, onde você pode adquirir A Relíquia do Vale do Trovão juntamente com outras aventuras do Old Dragon por um preço bem camarada, ou ainda a aventura e o Livro Básico do Old Dragon com quase R$ 40,00 de desconto! Se você está precisando completar sua coleção, vale à pena visitar a loja virtual e dar uma conferida.

Se você está curioso mas ainda não sabe muita coisa a respeito dessa aventura, saiba que A Relíquia do Vale do Trovão é uma aventura para personagens iniciantes, de 1º a 3º nível, com temática voltada ao horror e aos Mythos dos Grandes Antigos. A aventura também apresenta uma nova região, o dito Vale do Trovão, que funciona como um mini cenário detalhado para desenvolver suas aventuras.

Outro aspecto muito legal dessa aventura é ter sido criada por uma equipe inteiramente feminina, da escrita à arte, passando pela gerência de projeto, editoração e direção de arte. Caso a recepção do público seja boa, é provável que essa equipe feminina continue realizando novos trabalhos para a série Crônicas das Chamas, à qual essa aventura pertence.

O blog RPG Notícias disponibilizou ontem um preview de 48 páginas da aventura em primeira mão, acompanhado de uma bela matéria sobre o projeto, contando inclusive com uma breve entrevista com uma das autoras, Elisa Guimarães. O preview pode ser baixado aqui, mas aconselho muito a visitarem o RPG Notícias e lerem a matéria completa.

#RPGaDay 2018: O que você procura em um RPG?

O que eu procuro em um RPG é diversão. Não existe uma fórmula ideal, ou uma minuciosa lista de características que me atraem ou repelem a um jogo. Parece piegas, mas essa é a verdade: basta eu achar que o jogo é divertido para pensar que vale à pena jogá-lo.

Às vezes é a temática que me leva a ter interesse por um jogo. Outras vezes é o cenário (mesmo quando a temática em si não me chama tanto a atenção). Outras ainda, é o sistema, que me parece instigante. Há casos em que o jogo em si não me chama muito a atenção, mas a proposta da campanha é interessante. Mas no fim, todas essas percepções são balizadas no quanto eu acho que posso me divertir com esse jogo, o quanto agradável e recompensador será jogá-lo ou conduzi-lo. Sim, porquê também há jogos que eu prefiro jogar e jogos que prefiro mestrar.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

#RPGaDay 2018: O que você mais ama no RPG?

Já começou o #RPGaDay 2018, e como eu quase não escrevi nada no blog este ano, me obrigarei a postar todos os dias de Agosto e completar o desafio!


A pergunta do primeiro dia é "o que você mais ama no RPG?". Bom, para mim, é a imprevisibilidade e a infinitude de possibilidades que o jogo proporciona.

Não é apenas a possibilidade de vivenciar aventuras e criar histórias coletivas, mas sim o fato de nunca poder prever como serão essas aventuras. Pois você pode até saber como elas irão começar, mas nunca sabe realmente como irão se desenrolar, e muito menos como terminarão. Mesmo se você for o mestre!

Mais ainda, diferente de videogames, suas possibilidades nunca são finitas em um RPG. Não há nada que seja plausível de ser feito no mundo de jogo, que não possa ser realizado. Um jogador nunca precisa se contentar com um rol limitado de opções - sua imaginação é o limite, literalmente!
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