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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Afastando os Mortos-Vivos

Está parecendo que este será o mês dos clérigos. Tenho uma questão relativa ao design da classe para dividir com vocês e saber suas opiniões sobre o assunto.

Em geral, todas as classes do AD&D 3.5 já estão prontas, e não é diferente com os clérigos. Mas, revisando as classes, me deparei com um fato relativo à habilidade de afastar mortos-vivos (o bom e velho turn undead) da classe Clérigo.

A princípio, eu havia deixado mais ou menos como no D&D 3.5, ou seja, iniciando com 3 usos diários de Afastar Mortos-vivos e ganhando mais um uso extra no 5º nível e a cada 5 níveis a partir daí. Além disso, seria possível utilizar a habilidade mais de uma vez no mesmo encontro, até o limite máximo de usos no dia ser atingido. Ou seja, se na primeira rodada o clérigo tentar afastar os esqueletos que o atacam e não conseguir, pode tentar novamente na segunda rodada, caso não seja morto.

No entanto, parando para pensar nesse sistema, qual a explicação para que o clérigo tenha limite nos usos diários de turn undead? Afastar os mortos-vivos não é magia, é apenas a imposição da fé do clérigo sobre a vontade do morto-vivo (ou sobre a vontade maléfica que mantém o morto-vivo nesse mundo). Não é necessário nenhum tipo de preparação ou esforço mental extra do clérigo, apenas que sua força de vontade seja suficiente. Será então que acaba a pilha da fé do clérigo? E, será que após uma primeira tentativa falha, a confiança do clérigo em sua fé não estaria mais abalada do que no início, tornando ainda mais difícil que ele obtivesse sucesso numa segunda tentativa?

Pensei na opção de permitir uso diário ilimitado da habilidade afastar os mortos-vivos, mas limitando a apenas uma tentativa por encontro (sendo "encontro" uma definição vaga dada exclusivamente pelo mestre). Assim, o clérigo sempre poderia tentar impor sua fé sobre os seres desmortos uma vez ao encontrá-los, mas não conseguindo, só lhe resta lutar ou fugir.

Por favor, dêem suas opiniões e sugestões sobre o assunto. Caso alguém tenha uma boa justificativa para que o clérigo tenha usos diários limitados de sua fé, também me deixe saber!

11 comentários:

  1. Bom, as classes de conjuração sempre me levam a pensar. Eu tenho uma visão muito particular dos clérigos e acho o turn undead uma habilidade muito estranha. Eu penso em separar a habilidade do clérigo em combater o sobrenatural de duas maneiras:
    1ª - Expulsão, sendo tratada como exorcismo. Ainda não sei uma adequação ou regra, mas o clérigo conseguiria afastar ou expulsar mortos vivos incorpóreos através de rituais e medidatação, e não através simplesmente de imposição de símbolos, uma vez que a fé do clérigo irá esbarrar com a fé de outras criaturas.
    2° - Aura sobrenatural, uma energia que circunda o clérigo que impede, obstrui ou enfraquece mortos vivos de tendência oposta, ou fortalece, encanta e seduz os de tendència semelhante. Os usos diários de turn undead seriam usados como ampliações dos efeitos ou da força dessa áurea, caso seja necessário enfrentar criaturas undead mais poderosas.

    Nos dois casos, a qtd de vezes de uso do turn undead poderiam ser convertidas em bônus, que ampliam com o elevar de nível de classe, bonificando os testes, como aprimoramento da fé do personagem. O bônus mínimo da áurea ou do exorcismo é fixo, é a fé do personagem, e não tem limites de uso (o exorcismo é limitado por tempo e a áurea é sempre ativa). Bônus por nível seria como uma energia sobrenatural dada ao personagem, como o limite de magias. Como se fosse Mana.

    P.S.: Bela postagem.

    Mr Red - Guardião do Templo (www.blog.rpgo.com.br)

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  2. salve amigo, muito boa a postagem. meu parecer é o seguinte:

    o clérigo é um veículo de seu deus, e por isso, quanto maior o nivel, mais "puro" o clérigo é (sem entendimento e ligação com o deus sao maiores),e por isso ele ganha mais poderes.

    a sabedoria alta é uma "facilidade" que o clerigo tem, assim como uma pessoa com boa flexibilidade tem boa chance de se dar bem com exercicios acrobaticos. é o "potencial" do clerigo.

    o poder da fé nada mais é do q uma infima manifestação do poder do deus atraves de seu veiculo (o clerigo), que pelo status divino, afasta/destroi criaturas ligadas com a ligação "plano negativoplano primario" (como é o caso dos undead- corrijam-me se eu estiver errado).

    os mortos vivos sao criaturas blasfemas, aberrações diante das leis da vida, indo contra a vontade dos deuses que criaram as raças no planeta.

    acho q é por ai :D

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  3. É, rafael falou primeiro :)

    Tenho a mesma visão que o clérigo que usa um poder consedido pelos deuses devido a sua fé. Quanto maior o nível, mas ligação o clérigo tem com seu deus, fazendo este conceder ao clérigo mais poderes para superar seus desafios.

    Mas é claro, são varias as possíveis interpretações.

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  4. Acho q a segunda opção que tu apresentou (a de ilimitados Turnig Undead por dia, mas lançada somente uma vez por encontro) é a mais adequada e lógica!

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  5. Concordo com o que o Negus disse! A 2ª opção é a mais coerente, além de ser mais fácilmente explicavel em "on". Uma das vantagens das regras "old" é que elas podem ser explicadas facilmente, não é preciso quebrar a cabeça tentando arrumar uma explicação plausível "para que o Senhor da Guerra cure um aliado" (e não estou tentando começar uma guerra de edições, eu gosto e jogo a nova edição do D&D, mas tem algumas coisas que são "abstratas" d+, e eu não sou cego).
    Eu também estou criando uma versão do D&D, mas tenho "bebido" de várias fontes, não só das antigas edições. E uma das coisas que tenho me preocupado é em criar habilidades (ou adaptá-las) que sejam "consistêntes", sem destruir a parte "gamista" do jogo (coisa que eu e meu grupo apreciamos bastante).
    Tenho acompanhdo seu blog desde o início, e seus artigos tem sido de grande inspiração para mim.
    Boa sorte com seu projeto!

    Ps: Ansioso para ver a sua versão de AD&D completa XD

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  6. @CHK: Eu não acho o turn undead nada estranho, nem naformacomo é representado. É a clássica cena do caçador empunhando a cruz frente ao vampiro e invocando o nome de Deus para afugentar o monstro.
    A questão do exorcismo eu acho legal, e o pessoal do Vorpal tratou disso de uma forma bem interessante. Mas eu penso em exorcismo pra quando houver possessão.

    @CHK e Rafael: Concordo com ambos no fato de que o nível influencia o teste. Tanto que é assim que será no AD&D 3.5 (um bônus no teste para determinar quantos undeads são afetados). Um clérigo de nível maior tem mais convicção em sua fé do que um novato.

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  7. @Neto: Primeiro, muito obrigado pelo apoio. Em segundo, eu também pegoi coisas de várias fontes, até mesmo de house-rules que meu grupo e outros usam por aí. Só tomo cuidado para não criar um jogo que no fim não se pareça mais com o D&D e acabe sendo uma coisa diferente demais. Uso tanto as edições antigas como referência mais porque elas tem o estilo que ue gosto de jogar, mas nada contra quem prefere outros estilos!
    Boa sorte com seu projeto também, e quando estiver pronto, divida-o conosco!

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  8. igor, duvida rapida: de onde vem essa gravura?
    abraço

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  9. @Rafael: Então... na verdade não sei. É uma ilustração antiga de um livro de D&D, mas eu não sei qual é. Encontrei ela já faz algum tempo, no site do artista, mas perdi a informação! Ela é maior que isso, eu cortei só o clérigo.

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. bem, eu refiz a habilidade para o sistema que eu estou criando, o Old is Cool 20, aí vai a habilidade Poder da Fé em um link pra download, não posto aqui por questões de organização, pois a habilidade tem uma descrição grande:
    Todos os testes no meu sistema possuem uma CD 20, prestem atenção nisso, pois na descrição da habilidade não diz:

    http://www.divshare.com/download/12169325-659

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