Outro dia eu li uma matéria no Paragons falando sobre NPCs apelões, discutindo sobre se a existência de vários NPCs desse tipo influi ou não no mérito de um bom cenário. De modo geral, eu concordo com o ponto de vista do Dan Ramos, autor da matéria. NPCs poderosos tem seu lugar no mundo de campanha, e comparando com a população total do cenário, uma dúzia de personagens super-poderosos é bem pouco. No entanto, tenho algumas ressalvas quanto a esse assunto.
Primeiramente, vamos definir o que eu considero como NPCs “apelões”. Para mim, melhor do que apelão seria o termo overpower, ou seja, um NPC que possui poder demais em questão de planilha, muito acima da média esperada. Mais importante que isso, muito além do necessário para a sua posição no mundo de jogo. Principalmente quando o nível de poder do NPC está muito acima do nível das personagens dos jogadores.
Personagens com tal nível de poder, se envolvidas na mesma missão que as personagens dos jogadores, poderiam facilmente resolver a maioria dos problemas sem o auxílio dos PCs.
Mas claro que, em um mundo fictício, espera-se que haja personagens poderosas e importantes, desempenhando seus devidos papéis na sociedade, e que ao menos inicialmente, todas essas pessoas possuam mais poder e importância do que as personagens dos jogadores. O grão-mestre da academia arcana deve ser um mago poderoso, talvez até mesmo um arquimago, muito além de qualquer PC iniciante ou mesmo em meio de carreira. Se houver um grande vilão no cenário, também é interessante que ele detenha um considerável nível de poder, caso contrário ele não representaria uma ameaça assim tão grande.
Logo, há espaço sim para vários NPCs de grande poder em um cenário sem estragá-lo, não há dúvida. No entanto, existe uma diferença bem grande em haver lugar para NPCs overpower, e haver a necessidade deles. Nem todo NPC importante, ou com poder político dentro do cenário, precisa ter uma planilha apelona. Em D&D, sequer precisam possuir uma classe de aventureiro!
É completamente plausível que reis e nobres, mesmo os mais poderosos, sejam pessoas comuns, principalmente quando estas posições foram conquistadas por direito de nascença. Um rei pode ser a figura mais importante e poderosa de um cenário, e ainda assim não ser capaz de se defender sozinho. O poder dele não está na planilha dele, e sim na estrutura que ele comanda.
Outro fato que faz com que NPCs overpower estraguem um cenário é quando o cenário em questão possui algum tipo de plot específico intrínseco ao cenário (como as invasões das Shadowlands em Legends of the Five Rings, ou a Tormenta e a Aliança Negra em Tormenta). Estes plots em geral estão lá para serem combatidos (e porque não até resolvidos, dependendo do mestre) pelas personagens dos jogadores, afinal, essa é a graça da coisa toda.
Quando algum NPC apelão está envolvido com esse plot, principalmente agindo do mesmo lado que as personagens dos jogadores, é aí que o negócio desanda. Se ter um inimigo invencível por si só já é muito chato, imagine quão frustrante é ter um aliado que não precisa de sua ajuda? Sim, porque quando há muitos NPCs poderosos envolvidos em um plot do cenário, corremos o risco de cair na situação em que as personagens dos jogadores não passam de meros coadjuvantes dos NPCs, apenas acompanhando os verdadeiros heróis do cenário que são controlados pelo mestre (algo que acontece em algumas aventuras prontas de Forgotten Realms).
E sinceramente, jogamos RPG para participar ativamente das histórias do mundo de jogo, não para observar a ação de NPCs. Numa boa campanha de RPG, as personagens dos jogadores são sempre os protagonistas da história, mesmo que essa história não seja nenhum épico digno de nota. É para isso que as pessoas jogam RPG, para ser o foco das aventuras. Caso contrário, se fosse apenas para acompanhar as aventuras de terceiros, elas estariam vendo um filme, ou lendo um livro, e não jogando RPG.
Primeiramente, vamos definir o que eu considero como NPCs “apelões”. Para mim, melhor do que apelão seria o termo overpower, ou seja, um NPC que possui poder demais em questão de planilha, muito acima da média esperada. Mais importante que isso, muito além do necessário para a sua posição no mundo de jogo. Principalmente quando o nível de poder do NPC está muito acima do nível das personagens dos jogadores.
Personagens com tal nível de poder, se envolvidas na mesma missão que as personagens dos jogadores, poderiam facilmente resolver a maioria dos problemas sem o auxílio dos PCs.
Mas claro que, em um mundo fictício, espera-se que haja personagens poderosas e importantes, desempenhando seus devidos papéis na sociedade, e que ao menos inicialmente, todas essas pessoas possuam mais poder e importância do que as personagens dos jogadores. O grão-mestre da academia arcana deve ser um mago poderoso, talvez até mesmo um arquimago, muito além de qualquer PC iniciante ou mesmo em meio de carreira. Se houver um grande vilão no cenário, também é interessante que ele detenha um considerável nível de poder, caso contrário ele não representaria uma ameaça assim tão grande.
Logo, há espaço sim para vários NPCs de grande poder em um cenário sem estragá-lo, não há dúvida. No entanto, existe uma diferença bem grande em haver lugar para NPCs overpower, e haver a necessidade deles. Nem todo NPC importante, ou com poder político dentro do cenário, precisa ter uma planilha apelona. Em D&D, sequer precisam possuir uma classe de aventureiro!
É completamente plausível que reis e nobres, mesmo os mais poderosos, sejam pessoas comuns, principalmente quando estas posições foram conquistadas por direito de nascença. Um rei pode ser a figura mais importante e poderosa de um cenário, e ainda assim não ser capaz de se defender sozinho. O poder dele não está na planilha dele, e sim na estrutura que ele comanda.
Outro fato que faz com que NPCs overpower estraguem um cenário é quando o cenário em questão possui algum tipo de plot específico intrínseco ao cenário (como as invasões das Shadowlands em Legends of the Five Rings, ou a Tormenta e a Aliança Negra em Tormenta). Estes plots em geral estão lá para serem combatidos (e porque não até resolvidos, dependendo do mestre) pelas personagens dos jogadores, afinal, essa é a graça da coisa toda.
Quando algum NPC apelão está envolvido com esse plot, principalmente agindo do mesmo lado que as personagens dos jogadores, é aí que o negócio desanda. Se ter um inimigo invencível por si só já é muito chato, imagine quão frustrante é ter um aliado que não precisa de sua ajuda? Sim, porque quando há muitos NPCs poderosos envolvidos em um plot do cenário, corremos o risco de cair na situação em que as personagens dos jogadores não passam de meros coadjuvantes dos NPCs, apenas acompanhando os verdadeiros heróis do cenário que são controlados pelo mestre (algo que acontece em algumas aventuras prontas de Forgotten Realms).
E sinceramente, jogamos RPG para participar ativamente das histórias do mundo de jogo, não para observar a ação de NPCs. Numa boa campanha de RPG, as personagens dos jogadores são sempre os protagonistas da história, mesmo que essa história não seja nenhum épico digno de nota. É para isso que as pessoas jogam RPG, para ser o foco das aventuras. Caso contrário, se fosse apenas para acompanhar as aventuras de terceiros, elas estariam vendo um filme, ou lendo um livro, e não jogando RPG.
Não considero que se deva eliminar este tipo de NPC mais acho que ele fica melhor no papel de vilão, fazendo com que os jogadores tenham muito trabalho para vence-los.
ResponderExcluirde certa forma, concordo com o Junior.
ResponderExcluirate acho q npcs "do bem" devam existir, mas nao de forma q eles façam tudo, ou que sejam muito presentes no mundo. eles nao deveriam susbtituir a necessidade que o mundo tem do surgimento de herois (os jogadores).
Em AD&D, com grandes poderes vem grandes responsabilidades e as classes depois do 10ª os personagens ficam mais administrativos e arranjam outras responsabilidades, natural que acabam que deixem espaço pra outros crescerem.
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