Em D&D, o conceito de que aparatos tecnológicos super-avançados poderiam ser confundidos com objetos mágicos é tão antigo quanto o próprio jogo. As referências literárias sobre o assunto também são antigas, e proeminentes nas obras de autores influentes na construção do Dungeons & Dragons, como Jack Vance.
Há também obras que chegam até a questionar se as criaturas vistas como “deuses” não seriam na verdade raças detentoras de grande tecnologia, um assunto tratado brevemente pelo Sr. Beltrame recentemente.
No entanto, algumas pessoas torcem o nariz para este conceito, geralmente com o argumento de que ciência e tecnologia não são comparáveis a magia, pois só seriam capazes de gerar efeitos mais “mundanos”. Também é lugar comum o entendimento de que toda tecnologia avançada está na forma de “máquinas”, sendo assim facilmente reconhecivel como de natureza diferente da magia.
Será mesmo?
Se alguém tem alguma dúvida de que ciência avançada pode ser facilmente confundida com magia, aqui esta a prova de que este conceito não tem nada de rídiculo:
Os vídeos acima foram feitos pela Universidade de Tel-Aviv, em Israel.
O que estes vídeos mostram é ciência pura, atual e não “super-avançada”, e mesmo assim até mesmo muitos de nós ao ver algo assim poderiamos acreditar se tratar de magia. E não há máquinas envolvidas no processo, apenas objetos “simples”.
Como enxergavam os grandes Jack Vance e H. P. Lovecraft, não há grandes diferenças entre magia e ciência avançadíssima, exceto se você conhecer seu funcionamento e a lógica por trás do efeito.
Mais do que isso, por essa lógica, não há porque utilizar mecânicas diferentes para ítens mágicos e tecnológicos. Um aparato utiliza baterias, que limitam seu uso a uma quantidade limitada de usos? Isto não passa da boae velha regra de cargas das varinhas e cajados.
Alguns aparatos talvez só possam ser acionados um número limitado de vezes ao dia, e possivelmente sejam tão poderosos que afetem a realidade de tal modo que efeitos que afetem magia respondam igualmente a eles (como dissipar magia).
Deste modo, nenhuma mudança nas regras é necessária para incluir aparatos tecnológicos em seus jogos, essa origem diferente trata-se apenas de uma explicação narrativa, um detalhe do cenário.
Então, não há porque ter medo de utilizar essas idéia sem suas aventuras, caso elas lhe agradem. E caso alguém na sua mesa discorde que um ítem “mágico” na verdade possa ser tecnológico, mostre a ele esses vídeos!