sábado, 30 de julho de 2011

Menção Honrosa no Random Tables Contest!

Fico muito feliz em anunciar que minha tabela foi uma das escolhidas para compor a lista das 57 tabelas vencedoras do Random Tables Contest!

Minha tabela de "Ferimentos de Batalha e Sequelas" não ficou com nenhum dos prêmios grandes, apenas com uma menção honrosa, o que me dá como prêmio uma cópia de uma edição da Fight On! e do próprio livro com a compilação das tabelas vencedoras quando este estiver pronto.

Considerando que essa foi a única tabela que envie para o concurso, posso considerar que foi uma grande colocação meu trabalho ter sido selecionado!

Não sei se houve mais algum brasileiro que teve sua tabela selecionada ou se sou o único representante brasuca, mas se houve gostaria muito de saber.

Como ainda detenho os direitos de publicação da minha tabela, durante a semana postarei ela traduzida em português aqui para vocês. E obrigado a todos que torceram por mim!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

É Amanhã: Anúncio dos Ganhadores do Random Tables Contest!

Amanhã serão anunciados os ganhadores do Random Tables Contest, o concurso de criação de tabelas de aleatoriedades para uso em jogos de RPG.

O anúncio dos vencedores e a rolagem aleatória das premiações serão feitas amanhã, 29 de Julho de 2011, ao meio dia no horário do leste dos EUA, e tudo poderá ser acompanhado ao vivo por aqui.

As tabelas selecionadas farão parte de um livro publicado pela revista Fight On!.

Eu enviei a minha, então torçam por mim!

Faça Você Mesmo: Aproveitando Sua Massa de Biscuit

Hoje não vou trazer para vocês nenhum tutorial mostrando como fazer alguma miniatura nem nada do gênero. Ao invés disso darei apenas uma dica para aqueles que como eu estão se aventurando a trabalhar com massa de biscuit.

A massa de biscuit, seja comprada ou feita em casa, tem um prazo de validade que se bem conservada, envolta em filme plástico e guardada em um pote plástico tampado, é de 6 meses em média. Um pouco mais ou um pouco menos, dependendo do clima e da umidade do local. Após esse período a massa começa a secar e endurecer, perdendo a maleabilidade.

Isso não quer dizer, no entanto, que você precisa jogar fora o restante da sua massa. O biscuit é suscetível a umidade e calor, assim é só molhar e/ou esquentar a massa que ela volta a ficar maleável.

Não é nada complicado, apenas coloque a massa no microondas por alguns segundos, em um pote com um pouco de água, e pronto. Aí é só amassar e misturar o biscuit para que ele recobre a maleabilidade desejada. Só cuidado para não queimar os dedos no processo, pois a massa ainda deve estar quente. Você pode também misturar um pouco de cola branca tipo PVA nesse momento.

Dependendo do quão seca a massa estiver, nem sempre ela retorna à mesma maleabilidade original, mas ainda assim permite que você volte a trabalhar com ela, ao menos para esculpir coisas com menos detalhes.

Fica a dica!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Parabéns Gary!

Hoje, 27 de Julho de 2011, seria o aniversário de 73 anos de Gary Gygax. Para comemorar, o Paul do Blog of Holding montou o que ele chamou de “O Quiz Mais Difícil do Mundo Sobre Gary Gygax”.

Igor Vinicius Sartorato took the Hardest Gary Gygax Quiz in the World and got 100%!

You are a Gary Gygax Dungeon Master. You are a world expert on Gary Gygax. My guess is you are either a former TSR employee or an extremely obsessive fan. You can be proud of your in-depth knowledge - few are so expert in any subject! Also, I would like to be in your D&D group.

Paladin Code: You completed this quiz without using Google.

Então, se você acha que sabe tudo sobre o eterno Game Master, faça como eu: vá até lá e divirta-se tentando responder o quiz!

Tá, tá, tudo bem! Eu roubei pra conseguir esse resultado aí em cima. Mas foi só um pouquinho! Meu resultado original na verdade foi esse daqui:

You took the Hardest Gary Gygax Quiz in the World and got 60%!

You are a Gary Gygax Myrmidon. You are mighty in the ways of Gary Gygax. You're probably a First Edition or OD&D player, and I wouldn't be surprised if you had an original copy of the Chainmail rules.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Pontos de Mana

Ao longo dos meus quase 19 anos jogando D&D sempre percebi que uma das coisas que mais incomoda muito dos jogadores no sistema de magia é a relação entre magias conhecidas, magias decoradas, e quantidade de magias que podem ser lançadas por dia.

Atualmente, eu me dou bem com o sistema original. Aprendi a gostar dele, e entender porque ele está ali, por assim dizer. No entanto, a uns 15 anos atrás eu também era descontente com esse método, e foi nesse período que eu tive contato com o conceito de “pontos de mana”.

Na época, tive acesso à série Player's Options do AD&D, onde um dos livros trazia regras opcionais para magia, utilizando pontos de mana. A regra oficial é boa, mas eu achava ela um pouco complicada demais pro meu gosto, na verdade, tão complicada quanto a regra original, e logo, se não era pra diminuir o trabalho, não valia a pena mudar a regra. Foi aí que eu criei uma regra própria de “pontos de mana” para as magias do D&D, que em minha opinião é bem mais prática e fácil de lembrar.

Esta regra é bem simples, e pode ser utilizada tanto para OD&D, BD&D, AD&D e D&D 3ªed, assim como para Old Dragon ou qualquer retroclone de Dungeons & Dragons como Labirynth Lord e Swords & Wizardry. Ela funciona assim:

- Os magos continuam tendo de aprender magias normalmente, e ainda estão limitados a quais círculos de magia (spell level) têm acesso baseado no seu nível de classe.

- Cada magia que o mago normalmente poderia lançar de acordo com a regra padrão (o chamado spell slot do D&D 3ªed) confere ao mago 1 ponto de mana por círculo da magia.

- Do mesmo modo, cada magia custa 1 ponto de mana por círculo de magia para ser lançada.

- O mago pode utilizar seus pontos de mana para lançar quaisquer magias que ele conheça, em qualquer combinação, desde que ele tenha pontos de mana suficientes para pagar por essas magias.

- Os pontos de mana são recuperados apenas após um repouso de 8 horas, e mais 1 hora de estudo do grimório é necessária para manter as magias conhecidas em sua mente. Caso o mago perca seu grimório, ele também perderá acesso às suas magias conhecidas assim que gastar todos os seus pontos de mana disponíveis ou repousar por 8 horas, o que ocorrer primeiro.

Abaixo, há duas tabelas com o exemplo de como ficariam as magias dos magos para AD&D 2ªed, D&D 3.5 e Old Dragon:

PM - AD&D PM - D&D 3 PM - ODPara o D&D 3.5 algumas considerações devem ser feitas. Primeiro, utilizando essa regra, a classe feiticeiro (sorcerer) meio que perde o sentido de existir, já que a grande diferença entre eles e os magos é a habilidade de lançar qualquer magia conhecida sem memorizar.

Segundo, a menos que o mestre queira permitir que os magos lancem magias de nível 0 à vontade, o ideal é cobrar ½ ponto de mana para lançar estas magias. Na tabela estou considerando magias de nível 0 como ½ ponto de mana.

Terceiro, em relação aos talentos metamágicos (metamagic feats), é só trocar as menções a slots de magia extra cobrados pela mesma quantidade em pontos de mana.

Percebam que com esse sistema é bem simples calcular quantos pontos de mana uma personagem teria, simplesmente olhando as tabelas do Livro do Jogador. Ele também torna os magos potencialmente mais versáteis e poderosos, já que sempre terão disponível um arsenal muito mais amplo de magias.

Esse sistema também pode ser aplicado aos clérigos, apesar de eu não aconselhar fazê-lo, visto que esta classe já possui acesso a toda a lista de magia automaticamente. Por isso, permitir que clérigos lancem suas magias sem necessidade de memorizar pode realmente desbalancear o jogo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Fontes de Inspiração: Drácula (Bram Stoker, 1897)

dracula_book_cover_1902_doubleday_89 Recentemente, o Brasil e o mundo encararam uma nova “vampiromania” (digo “nova” porque eu me lembro de quando foi lançado o filme Entrevista com o Vampiro), graças à série de filmes Crepúsculo. Esse ano parece que a coisa já está abrandando, mas ano passado estava a todo vapor. E eu devo confessar que não saí ileso dessa febre. Só que os meus vampiros são de um outro tipo, bem diferente.

Um livro que sempre tive vontade de ler, mas nunca havia lido, é Drácula. E graças a minha namorada que me deu o dito cujo de presente, ano passado pude colocar um fim a essa falha na minha cultura literária. O livro escrito por Bram Stoker em 1897 narra a vinda do vampiro Conde Drácula da Transilvânia para a Inglaterra, o horror que ele causa, e a caçada do vilão por Abraham Van Helsing novamente até o leste europeu. O interessante deste livro é, primeiro, a forma como é escrito; trata-se de um romance epistolar, isto é, ele é feito de forma a parecer uma junção de cartas, notícias de jornal, trechos de diários, telegramas, e outros fragmentos de texto, que juntos formam a história completa. Isso dá um estranho sentido de veracidade à narrativa. O segundo fator interessante é que, ainda que não seja a primeira obra sobre vampiros, é uma das que mais marcou o gênero.

No entanto, muitas das concepções “clássicas” que temos acerca de vampiros, e que muitas vezes pensamos ser derivada deste livro, na verdade são derivadas das diversas adaptações cinematográficas desta obra, principalmente do expressionista Nosferatu de 1922 e de Drácula de 1931.

Graças a isso, ler esse livro é muito interessante, pois mexe com várias das nossas concepções mais comuns sobre o vampiro, sem que isso no entanto seja fruto de criações em obras modernas (como vampiros que brilham ao Sol), mas sim estando presente no clássico dos clássicos sobre vampirismo.

Em Drácula, Bram Stoker nos apresenta um vampiro que é um gênio manipulador e terrível, um monstro sem nenhum sinal de humanidade. Conde Drácula é cínico e amoral, ditador, e sem nenhum vestígio de sentimentos nobres. No livro, não é seu amor por Mina que o traz à Inglaterra, mas sim o desejo da ampliação de sua área de caça. Ele usa Mina, e acaba por estabelecer uma forte ligação com ela, mas não se apaixona pela moça em momento algum. Drácula não é humano, é um morto vivo monstruoso, sem problemas de consciência ou conflito entre seu lado humano e seu lado monstro (afinal, não há mais nenhum lado humano).

O monstro também apresenta muitas características diferentes do senso comum: durante o dia, ele não “dorme”, mas sim entra em um estado de catatonia, onde apesar de paralisado ele pode estar ciente do que ocorre à sua volta. O livro descreve Drácula deitado em seu caixão de olhos abertos, completamente estático, parecendo morto, mas curiosamente, ele possui calor corpóreo e respira como um ser vivo, apesar de não o ser.

dracula Esse estado de paralisia diurna é comum aos vampiros, mas aqueles muito velhos são capazes de lutar contra ele e agir normalmente durante o dia. O próprio Conde é visto pelas personagens do livro em um parque em pleno dia em uma ocasião. E sim, isso implica que em Drácula vampiros não são afetados de forma alguma pela luz do Sol. Essa idéia do vampiro sendo morto pelo Sol possivelmente seja uma das heranças que o filme Nosferatu nos deixou.

As fraquezas de Drácula são em essência três: sua dependência por beber sangue humano, que o rejuvenesce e fortalece; a necessidade de dormir na terra de seu túmulo, de longe a maior de suas fraquezas; e sua suscetibilidade aos símbolos religiosos.

Ele também possui diversos poderes, como andar nas paredes, virar névoa, transformar-se em animais como morcego e lobo, controlar feras e animais daninhos (não se limitando apenas a lobos, morcegos e ratos, mas incluindo também aranhas, moscas, pulgas, etc), e muitas outras. Em um ponto do livro Van Helsing lista várias habilidades que um vampiro pode possuir, algumas muito estranhas para nosso conceito comum, como a habilidade de diminuir de tamanho para passar por espaços minúsculos.

Mas a habilidade mais interessante de Drácula talvez seja seu controle sobre a mente de suas vítimas. É verdade que na maior parte do tempo ele utiliza sua influência mental sobre pessoas mentalmente suscetíveis (como Reinfiled, paciente de um sanatório, e Lucy em seu estado de sonambulismo), mas parece ser capaz de fazê-lo facilmente sobre qualquer um de quem se alimenta. Sua influência também não se limita a um simples estado de comando temporário, muito pelo contrário. É quase um estado permanente, sendo capaz de controlar quando quiser aqueles a quem domou a mente. Mais do que isso, o vampiro cria uma ligação permanente com sua vítima e parece ser capaz de ver e ovir tudo aquilo que ela presencia. A ligação entre vampiro e vítima é tão forte que o inverso também acaba sendo possível, ainda que suas vítimas não tenham consciência disso (Van Helsing utiliza-se de hipnose em Mina para saber os passos do Conde).

Enfim, um livro muito interessante, cheio de boas idéias para tornar os vampiros de seus jogos um pouco mais desafiadores e surpreendentes para o seus jogadores, sem precisar fugir do esteriótipo clássico. E tudo isso mantendo o vampiro um monstro verdadeiro, e não meramente um humano que bebe sangue e com crise existencial.

sábado, 23 de julho de 2011

Resenha: Kits de Miniaturas Old Dragon

Eu adquiri dois dos novos kits de miniaturas exclusivas do Old Dragon: o Kit de Mulheres/Fêmeas (nunca se tem miniaturas femininas adequadas) e o Kit de Mortos-Vivos (fazer o que, eu adoro esqueletos!). E a boa notícia é que elas já chegaram!

O processo de aquisição foi bem tranquilo. O serviço on-line da RedStore é muito bom, e simples de usar. Eles dão a opção de pagar com cartão de crédito, transferência bancária eletrônica, ou por boleto. Eu optei pelo boleto, para ver a facilidade, e este método foi aprovado! É só imprimir e pagar em uma lotérica, banco ou caixa automático.

O envio também foi tranquilo, recebi o código rastreador do Correio por e-mail, e a encomenda chegou dentro do prazo normal dos correios. O mais legal é a caixa na qual os kits vieram: a RedBox agora envia suas mercadorias dentro de uma caixa vermelha muito bacana:

Miniaturas OD (2) Os kits em si vem em um estojo plástico forrado com espuma e tecido, muito útil para guardar e proteger suas miniaturas.

Miniaturas OD (5) Os estojos possuem uma etiqueta-rótulo também muito bonita, identificando o modelo do kit e trazendo todas as especificações técnicas do produto. Só senti falta da identificação do fabricante das miniaturas, pois o rótulo só contém a marca da RedBox.

Conforme prometido pela equipe da RedBox, a etiqueta é muito fácil de ser retirada, e não deixa resíduos no estojo. Nota 10 para eles!

As miniaturas em si são bem legais, produzidas em liga metálica segura, simples, sem pintura, apenas com acabamento de metal envelhecido, mas bem feitas. O design delas é feito exatamente da forma que se esperaria de miniaturas para um jogo de RPG old school. E são em escala com a maioria das miniaturas disponíveis no mercado.

Miniaturas OD (6) Kit de Mortos-vivos (o fantasma/espectro é o mais maneiro!)

Miniaturas OD (7) Kit de Mulheres/Fêmeas – desculpem pela foto terrível.

Dos dois kits que adquiri, dou especial destaque para o kit de personagens femininas. Ele traz cinco miniaturas de mulheres, que podem ser enterpretadas como uma de cada classe (ladra, clériga, maga, guerreira e ranger). Mas o mais importante é que nenhuma delas cai no estereótipo de mulher de aventuras de fantasia com pouquíssima roupa. A guerreira usa uma armadura de cota de malha completa, e não um biquini, e as demais trajam roupas de mangas compridas, vestidos, botas… Ou seja, elas trajam-se de um modo mais plausível do que se esperaria de aventureiras reais, nada de 90% do corpo exposto. A única que está trajada de modo mais “provocante” é a feiticeira/maga, e mesmo assim, de um modo bem “aceitável”.

Minha opinião final é de que os kits valem a pena, trazem figuras bem interessantes, e o preço é razoável comparado com os praticados fora do país. Não vejo a hora de começar a pintá-los e utilizá-los em meus jogos!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ou Talvez Seja Por Isso Que Menina Não Joga RPG

Um amigo me mandou um vídeo que me remeteu diretamente àquele assunto de meninas e o RPG. Realmente, esse meio da fantasia medieval possui umas concepções meio estranhas…

Divirtam-se:

quinta-feira, 21 de julho de 2011

AD&D 3.5: Planilha

Finalmente há uma planilha para o AD&D 3.5!

Infelizmente, a INapta não pode me ajudar devido a outros afazeres, então eu tive de me virar para fazer essa planilha sozinho. Considerando minha perícia quase inexistente em softwares gráficos, eu acabei construindo essa planilha usando caixas de texto e planilhas no Word mesmo. Deu um trabalho do caramba e o resultado não ficou bem como eu queria, mas ao menos já dá para usar para jogar.

Utilizei um layout meio parecido com a planilha do D&D 3.5, primeiro por simplicidade, e segundo porque em termos gerais aquela planilha era muito boa, quase auto-explicativa.

Então, para aqueles que estão curiosos, podem baixar a planilha aqui. Mas não tenham grandes expectativas, ainda há muito o que melhorar nessa planilha, principalmente no que diz respeito a personagens spellcasters. Quem sabe uma planilha só para as magias?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Companhia de Thorin Escudo-de-Carvalho

E agora já temos as fotos de todos os 13 anões de “O Hobbit”. Os últimos três até que ficaram bem legais, apesar de que eu imaginava um Thorin com uma aparência um pouco mais velha.

hobbit-dwarves - Balin e Dwalin Balin e Dwalin.

hobbit-dwarves - Thorin Oakenshield Thorin Oakenshield.

hobbit-dwarves - Final A Companhia completa.

Em geral, as caracterizações parecem boas, ainda parecem anões. Com exceção é claro dos dois “anões galãs”.

Isso não quer dizer que é assim que eu imaginava os anões da Companhia de Thorin, bem pelo contrário na verdade. Eu ainda não consigo deixar de me perguntar: “aonde estão os barretes destes anões?

Nova Prévia de Conan The Barbarian

Mais uma prévia do novo filme do Conan, que deve estrear em Agosto deste ano. Se for apenas por este trailer uma coisa podemos afirmar com certeza: não vai faltar ação nem violência no filme!

Interessante é que o Conan “garoto” luta de um modo muito mais parecido com o modo que eu penso que o Conan adulto lutaria. Enfim, é esperar o filme pra ver.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Cenário de Campanha Ideal

Esses dias eu estava pensando sobre os cenários de campanha prontos. Para quem não sabe, um cenário de campanha é o mundo fictício no qual se passam as aventuras de uma campanha de RPG e onde vivem as personagens do jogo. Todos nós rpgistas de longa data sabemos que ninguém precisa de um cenário de campanha pronto para se criar uma boa campanha de RPG; qualquer mestre de jogo pode ir desenvolvendo seu próprio cenário ao longo da campanha, conforme as aventuras vão ocorrendo, sem muita dor de cabeça.

Apesar disso, novos cenários de campanha prontos vivem pipocando por aí. Esses cenários prontos costumam atrair legiões de fãs, e consequentemente tornam-se comercialmente relevantes e uma importante fonte de renda para suas editoras. O resultado disso é mais e mais material sendo lançado para o cenário, normalmente em forma de aventuras e livros que descrevem locais específicos daquele mundo.

Mas uma hora ou outra, não há mais nenhum local a ser descrito, e então o mais terrível acontece: os editores decidem fazer o cenário evoluir no tempo! Para mim, esse é quase sempre o pior erro que se pode cometer com um cenário pronto.

O problema é que muitas vezes você se apega ao cenário por esta ou aquela característica, e aí conforme os materiais publicados avançam a linha de tempo, justamente aquela característica que você gostava deixa de existir! E o pior é que nem sempre o que você curte é muito popular entre os outros fãs do cenário, e aí é quase certo que vai ser a primeira coisa a ser alterada. Mais chato ainda é quando as alterações oficiais vão contra algo que aconteceu na sua campanha: como lidar com a morte do rei e a queda do império e todas as imensas repercussões disso, se uma das personagens dos seus jogadores usurpou o trono já faz umas 10 sessões?

Há quem goste desse tipo de abordagem para os seus cenários, deixando que os editores decidam como o mundo vai evoluir, claro. Mas eu prefiro deixar que o meu grupo de jogo defina como e quando o cenário sofrerá mudanças radicais, se é que elas acontecerão.

Para mim, o cenário pronto ideal é permanentemente estático no tempo. O livro básico descreve um determinado momento do mundo de campanha, com um bom background e vários ganchos e possibilidades de aventuras, e para por aí. Material adicional apenas descreve áreas ainda não cobertas em detalhes, e as aventuras prontas são escritas de forma a poderem ocorrer em qualquer momento (isso é, a relação delas com o cenário não é temporal, mas sim local), e preferencialmente com finais abertos o suficiente para que não sejam necessárias mudanças radicais somente porque aquela aventura foi escrita. Assim, é dada ao fã do cenário a possibilidade de não utilizar determinada aventura e ainda assim permanecer fiel ao cenário oficial.

Não são as publicações oficiais que vão evoluir temporalmente o cenário, mas sim as sessões da campanha de cada um. E cada campanha irá evoluir de forma diferente, de acordo com os gostos pessoais de cada grupo.

Pode parecer inviável, alguns vão dizer que a editora iria perder dinheiro pois não poderia lançar muitos livros, mas com um mundo inteiro a ser descrito, com centenas de locais nos quais situar aventuras, fonte para novos materiais a serem lançados não faltaria.

Afinal, porque criar mais um “novo-cataclisma-mágico-matador-de-deuses-destruidor-de-impérios-seguido-por-invasão-demoníaca” se ainda não foram esgotadas todas as possibilidades de aventura naquele mesmo mundinho original que atraiu o interesse de tantos fãs?

sábado, 16 de julho de 2011

e-OD e a Loja de PDFs da RedStore

Já dizia Steve Jackson: “Se os PDFs não são o futuro do mercado de RPG, então eu não sei o que é!”. E o pessoal da RedBox Editora parece concordar plenamente com essa afirmação.

Desde o dia de ontem estão disponíveis os primeiros materiais da linha e-OD, a linha de PDFs do Old Dragon! No momento estão disponíveis nesse formato o módulo básico e a divisória do mestre.

Mas não é só isso que a RedStore tem a oferecer em formato livro virtual. A RedBox fechou parceria com a Jambô Editora, que também está disponibilizando livros da linha Tormenta e 3D&T em formato PDF na RedStore.

É uma grande iniciativa da RedBox, tornando mais acessivel o RPG nacional, já que os preços dos livros virtuais são sensivelmente mais baixos do que os dos livros impressos.

Todos os PDFs vendidos pela RedBox vêm com uma discreta assinatura digital identificando o comprador, mas sem comprometer o design do livro. Os títulos disponíveis em PDF na RedStore podem ser vistos aqui.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mais Anões (E Talvez Algumas Anãs)

Mais algumas fotos dos anões da caravana de Thorin Escudo de Carvalho para o filme “O Hobbit foram divulgadas, faltando agora apenas 3 membros do grupo. E a pedidos, aqui estão elas:

hobbit-dwarves - Bombur, Bofur, Bifur Bombur, Bofur e Bifur.

hobbit-dwarves - Fili e Kili Fili e Kili.

Quanto aos três caras da primeira foto, tudo ok. Meio excêntricos, mas ainda parecem anões para mim. Inclusive, as armas deles se parecem mais com o que eu espero de armas de anões.

Já os dois da foto de baixo, bom… Alguém tem certeza de que eles são realmente anões? Sério, se não fosse pela manipulação de imagem que os tornará mais baixos que os homens no filme, ninguém cogitaria eles como anões. Eles são esbeltos demais, as feições muito delicadas, as barbas muito rentes, e um deles tem até um arco!

Ah, mas pode ser que na verdade eles não sejam anões, mas sim anãs! Claro, afinal, as anãs de Tolkien possuem barba! Isso explicaria o ar esbelto e o rosto pouco rude! Vai ver é aquela mania de incluir personagens femininos que não existem nas histórias só para não parecer machista…

terça-feira, 12 de julho de 2011

Lançadas Miniaturas Exclusivas Old Dragon na RPGCON

No último fim de semana aconteceu a RPGCON 2011, o que não é difícil de perceber, já que este é o assunto principal de todo esse canto da blogosfera. Eu não pude estar presente (essa vida de blogueiro pobre é triste!), no entanto fala-se por aí que a febre do evento foi o Old Dragon.

O pessoal da RedBox guardou muitas novidades para revelar no evento, entre elas a versão e-book do Old Dragon, e a futura publicação em português do RPG Shotgun Diaries, em versão “livro simples” e “box cheio de bugigangas legais” (coisa que não existe nem na língua original do jogo!).

Mas por enquanto o mais legal mesmo foi o lançamento da linha de miniaturas exclusivas do Old Dragon! As miniaturas, produzidas em liga metálica com acabamento envelhecido pela Kimeron Miniaturas, são modelos produzidos exclusivamente para a RedBox Editora, ou seja, não estarão disponíveis para compra diretamente com o fabricante. Todos os modelos foram especificamente escolhidos pela equipe do jogo para a produção pela Kimeron.

iconicosmini As miniaturas são vendidas em kits de 5 peças, não aleatórias, e vem em um belo e pequeno estojo plástico protegido por espuma em seu interior, para guardar e proteger suas miniaturas. Além disso, a embalagem traz um bonito adesivo com a marca Old Dragon, que os caras da RedBox prometem que pode ser retirado sem deixar a caixinha grudenta para o resto da vida!

Por enquanto são 7 kits: Heróis Icônicos (as personagens que ilustram as classes e raças do jogo), Heróis Padrão, Heróis Místicos, Mulheres e Fêmeas, Anões e Halflings, Orcs, e Mortos-vivos. Um 8º kit de “Arqueiros”, é prometido para breve.

As miniaturas foram vendidas primeiramente durante a RPGCON mas agora já estão disponíveis para compra online na RedStore.

sábado, 9 de julho de 2011

Os Anões de “O Hobbit”

Nesse momento isso já é notícia velha, mas mesmo assim, caso alguém ainda não tenha visto, foram disponibilizadas duas imagens dos anões do filme “O Hobbit”:

hobbit-dwarves - Dori, Ori, Nori Dori, Ori, e Nori.

hobbit-dwarves - Oin, Gloin Oin e Gloin.

Minha opinião sobre o assunto é a mesma que eu tive sobre o Gimli no filme O Senhor dos Anéis: ainda que não seja exatamente como eu os imaginava ao ler o livro, não há nada de errado na forma como eles são representados. Só que continuo não gostando da aparência que foi dada ao estilo das armas e armaduras anãs na adaptação cinematográfica.

A título de curiosidade apenas, uma foto do Gimli do filme para comparação:

LotR - gimliGimli.

No entanto, apesar de divergências do meu gosto pessoal, sou obrigado a concordar que no filme as escolhas estéticas para os anões funcionaram muito bem.

E aí, qual a opinião de vocês?

Meninas, Meninos, e o RPG

Esses últimos dias viu um certo embate sobre o assunto do papel das meninas no mundo RPGístico. O grosso dos confrontos se deu nessa postagem do World RPG Fest, que nada mais é que uma re-postagem desta matéria da INapta, continuação desta outra matéria. Por fim, essa discussão gerou uma resposta no Pensotopia.

As conclusões do Danielfo no Pensotopia são interessantes, no entanto sou obrigado a discordar de alguns dos pontos de vista dele. Há de se fazer uma diferença entre “constatação” e “conclusão”. A diferença crucial entre coleta de dados e análise de dados.

Eu acho que o primeiro problema é que há uma certa generalização entre os "gostos rpgisticos" de meninos e meninas. Por exemplo, eu conheci meninas que foram atraídas ao RPG justamente pelo aspecto "matar-pilhar-destruir" do jogo (ou seja, da violência intrínseca a boa parte das aventuras) e cuja parte que menos gostavam no jogo era a interpretação mais aprofundada de papéis. Ao mesmo tempo, eu sou homem e se o jogo ficar só no “matar-pilhar-destruir” e não desenrolar uma boa história, eu caio fora. Eu jogo RPG pela história e pela interação dos personagens com o cenário.

É basicamente a mesma divisão existente entre fãs de jogos de videogame; há os que gostam de jogos de ação violentos e os que preferem jogos do tipo “puzzle”.

E isso não tem nada a ver com o tipo (sistema/título) de RPG que se prefere jogar. Meu RPG predileto é e sempre será D&D. E eu não gosto do "combate pelo combate" como foco principal no RPG. Aí alguém poderia pensar: “Esse cara adoraria Vampiro: A Máscara!”. Pois é, eu não curto Vampiro, justamente porque em geral o tipo de história proposta pelo jogo carece do que mais me atrai na proposta do D&D: a aventura!

Resumindo, o que atrai um jogador ao RPG (seja menino ou menina)? Violência ou História? Na verdade, talvez nenhum nem outro, mas sim um sub-tipo de um destes dois, ou talvez um equilibrio destes dois. No meu caso, uma boa história de aventura com doses de combates e violência que tenham seu sentido dentro desta.

Além disso, discordo também da conclusão de que RPG é um jogo de meninos. Qual a origem dessa conclusão? Porque há mais meninos jogando? Ou porque foi criado por homens? Ah, sim, é porque existe uma convenção social que diz isso.

Aí entramos em um problema de semântica. O que é o “jogo” do qual está se falando? É a prática social do jogar RPG, ou as definições das regras básicas que levam algo a ser classificado como RPG (e aí entramos em um outro problema sério, que é a definição de “o que é RPG”)?

Eu posso aceitar que se há um maior número de meninos jogando RPG (e esse número for realmente expressivo em relação ao de meninas), é justo dizer que RPG enquanto prática social é um jogo de meninos.

Entretanto, considerando apenas o jogo enquanto conjunto de “regras” (na verdade, aqui é mais um conjunto de definições básicas) independente de quem as está praticando no momento, a simples constatação de que há mais meninos praticando não é suficiente para classificar o RPG como um jogo de meninos. Deve-se analisar se há algo no que define um jogo como sendo um RPG que é mais apropriado por este ou aquele gênero, e só então pode-se chegar a uma conclusão.

Então, minha pergunta seria: RPG é um jogo de meninos, analisando por qual aspecto? Enquanto prática social, devido ao game design, ou algum outro?

Enfim, são duas análises que devem ser feitas separadas antes de serem sintetizadas em um grande panorama do RPG. Fora isso, até o momento tem sido tudo feito no “achismo”. Não há coleta de dados real sobre nenhuma das duas perguntas. Onde estão os dados de que meninos e meninas gostam mais deste ou daquele aspecto do jogo? E mesmo dizer que há mais meninos que meninas jogando é algo baseado apenas em impressões pessoais, e não em dados reais. Ao menos por enquanto.

Por isso, por enquanto tudo o que eu posso fazer é ficar com as constatações da INapta em sua primeira postagem no Meio-Elfo sobre o assunto, sobre o porque as meninas não jogam RPG com certos grupos.

domingo, 3 de julho de 2011

Faça Você Mesmo: Rochas, Estalactites e Estalagmites

Como eu já comentei em outra postagem, para usar miniaturas em RPG é legal possuir também algumas peças de cenário. Sempre é possível comprar essas peças de empresas especializadas, mas às vezes é bom economizar um pouco e fazer você mesmo aquilo que conseguir.

Hoje eu mostro como fazer algumas peças úteis para representar as clássicas explorações de cavernas: pilhas de rochas, estalactites e estalagmites.

Materiais:

- massa de biscuit ou epoxi
- estecas, estilete, ou palito de churrasco
- tinta acrílica
- verniz acrílico spray
- pincéis

Como fazer as rochas:

Pilha de rochasAs rochas são as coisas mais fáceis de se fazer. Basta pegar pequenos pedaços de massa de biscuit ou epoxi e fazer formas irregulares com eles. Aí é só ir empilhando essas “pedras” até obter a formação desejada para a sua pilha. Não é necessário colar as pedras umas nas outras, pois se você empilhá-las antes da massa secar, elas irão acabar colando uma na outra naturalmente.

O segredo é manter a irregularidade das formas, e não deixar as pilhas com formatos muito não-naturais. O melhor de tudo é que não é preciso muito cuidado ao esculpir, pois quanto mais imperfeições mais reais parecerão suas rochas. Rachaduras da massa, ranhuras e outras marcas acabam beneficiando a escultura.

Como fazer as estalactites e estalagmites:

Estalactites 4Estalagmites e estalactites são formações rochosas comuns em cavernas, que se formam pela ação da água que ao pingar do teto das galerias carrega consigo minerais das rochas que vão se depositando e formando estes objetos em forma de colunas. Estalagmites são as formações que ficam no chão, e estalactites são as formações que crescem do teto.

Para recriá-las para seus jogos, comece primeiro fazendo uma espécie de cone com a massa. Já escolha o formato aproximado da estalagmite ao moldar esse cone.

Essas formações costumam ser bem irregulares e se formar em espécies de “camadas”. Para simular isso, pegue um objeto roliço como um palito de churrasco ou esteca usada para esculpir e comece a usá-lo para fazer vincos no cone.

Não utilize a ponta da ferramenta, mas sim seu corpo. Comece da base do cone para a sua ponta, e proceda de forma a não só criar um vinco circundando o cone, mas também pressione a ferramenta levemente de cima para baixo, empurrando um pouco de massa para formar as “abas” que se vê nas fotos. Repita o procedimento até criar vincos e abas em todo o comprimento do cone.

É possível parar por aí, criando uma estalagmite mais lisa, ou então adicionar mais texturas à sua escultura. Eu utilizei a lâmina de um estilete (na verdade, o lado sem fio da ponta) para fazer pequenos sulcos por toda a volta de algumas peças.

É possível criar também colunas, que é o nome dado a quando estalactites e estalagmites se encontram. O processo é basicamente o mesmo, mas ao invés de começar com um cone, molde uma forma similar a dois cones, um sobre o outro, se encontrando através de suas pontas, que fique estável (ou seja, que pare de pé). Só através dessas colunas também é que é possível esculpir estalactites, já que é dificil fazer algo que pende do teto sem possuir um teto!

Você pode também variar, esculpindo estalagmites em pares, com rochas do lado, em vários tamanhos, e todas as outras coisas que sua imaginação desejar.

Pintura:

Depois de prontas as esculturas, é só deixar secar, e então aplicar um prime. Quando o prime secar, você pode pintar da forma que desejar, usando tons de cinza, marron, tons esverdeados, ou qualquer outra cor que você deseje para as rochas de suas cavernas. Um washing escuro é bom para salientar as irregularidades das peças. Não esqueça de envernizar as peças após a pintura secar, para melhor proteger o seu trabalho.

Está pronto! Com algumas dessas peças você terá um cenário completo para representar as cavernas que as personagens de seus jogadores estão explorando.

Estalactites 2Aqui é possível ver bem a diferença de textura. As duas estalagmites em primeiro plano são lisas, a estalagmite em segundo plano, no centro, apresenta as ranhuras feitas com o estilete.

Estalactites 6 Estalactites 8 Aqui, com uma miniatura do D&D para escala.

Estalactites 1 Wulfgar explora a caverna… (com tiles da Kimeron Miniaturas).

Ropper com cenárioO estrangulador tentando se disfarçar no meio das estalagmites.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Muitos Usos Para o Seu D30

d30_verde-largeSe você é o feliz dono de um dado de 30 faces e quer saber como pode utilizá-lo em seus jogos, existem algumas opções para você.

A primeira é você começar a jogar Dungeon Crawl Classics, mas a parte ruim é que além do d30 você vai precisar dos demais dados de quantidades menos comuns de lados (d7, d16, etc.).

A segunda é você adotar a “Regra do d30” no seu jogo atual, seja lá qual ele for, e de quebra tornar-se um membro do Ordem do d30.

Mas se isso não for o suficiente para você, os nobres cavalheiros da Ordem do d30 criaram um compilado de tabelas e regras para serem utilizadas com nosso tão querido d30!

Então, caso você não tenha problemas com a língua inglesa, e possua um d30 ocioso por aí, baixe o PDF gratuito e divirta-se!

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