No último fim de semana aconteceu a edição deste ano do World RPG Fest, um dos maiores eventos de RPG do país. E como foi praticamente aqui ao lado de casa, não houve desculpa para eu não ir.
Este ano o evento foi um pouco menor, fruto das dificuldades econômicas que encaramos no país. Assim, houveram menos estandes e menor presença das editoras do que nos dois ou três anos anteriores. O local também era menos espaçoso e um pouco mais precário do que os locais onde ocorreram os últimos três eventos (a área de palestras não era um auditório mas uma área do salão separada por divisórias, por exemplo), no entanto, o Clube da Bola foi o mesmo local onde ocorreu o primeiro World RPG Fest em 2010, então não foi nada que pegasse os frequentadores mais antigos do evento de surpresa. Talvez a mudança mais impactante mesmo é que este ano o evento aconteceu apenas à tarde, portanto foi um evento mais curto.
Também rolou uma polêmica em relação ao barulho e o pessoal da Roleplayers, que muitos de vocês já devem estar a par, mas eu não vou abordar isso aqui neste momento.
Havia bastante gente no evento.
Os pontos positivos são que o evento estava cheio de gente querendo testar e divulgar seus novos jogos, projetos e organizações, e mais cheio ainda de gente querendo jogar e se divertir. Talvez seja porque o espaço era menor e todo mundo estava mais junto, mas deu a impressão de que este ano havia mais mesas de RPG do que em relação ao ano passado (quando havia mais mesas de boardgames).
Quanto a mim especificamente, participei nos dois dias de evento, e me dediquei a jogar jogos diferentes dos que estou habituado.
No sábado, participei de uma mesa de The Strange patrocinada pela New Order Editora, que trará o jogo para o Brasil no fim deste ano. Não foi uma grande aventura, devo dizer; ela foi meio corrida, faltou um pouco mais de oportunidades para os personagens interagirem com o cenário e NPCs. Mas foi legal para conhecer um pouco o cenário do jogo e também as regras, às quais eu nunca havia testado.
A mesa de The Strange - foto por Igor Moreno.
Depois, assisti à palestra do Jonathan Tweet, o designer chefe da 3ª edição do D&D, entre muitas outras coisas. Ele falou muito sobre sua carreira, dos vários jogos que criou, do 13th Age, que é seu jogo de trabalho atual, mas como não poderia deixar de ser, também teve de falar muito de D&D.
Duas coisas que ele comentou a respeito do D&D chamaram atenção. Primeiro, que ele não gostava muito da segunda edição do AD&D, o que explica bastante algumas mudanças mais profundas que ocorreram na 3ª edição. Segundo, devido à insistência da plateia em comparar a 3ªed com a 4ªed do D&D, ele se sentiu compelido a afirmar que não tinha nenhuma relação com a 4ª edição do jogo, e que, bem, ele não tinha nada de bom a falar sobre a 4ª edição.
Mas, ao menos para mim, o mais legal foi ver sobre o projeto da área de educação de Tweet, o livro Grandmother Fish, que é voltado a ensinar conceitos básicos de evolução para crianças. É uma iniciativa muito legal, a ser aplaudida de pé. E apesar de ser em inglês, o PDF do livro é gratuito.
No fim, ainda peguei o autógrafo dele no meu Livro do Jogador do D&D 3.0, que já está ficando com uma boa coleção deles.
Um "melhores momento" da palestra do Sr. Jonathan Tweet!
Jonathan Tweet se mostrou um cara bastante simpático, e sua palestra foi bem interessante. No entanto, o barulho e a gritaria que gerou a tal polêmica que citei acima interrompeu a palestra diversas vezes, já que era simplesmente impossível conversar quando os Roleplayers gritavam em uníssono. E olha que o Sr. Tweet tinha um microfone...
E assim terminou o primeiro dia de World RPG Fest para mim. Amanhã eu postarei sobre o segundo dia de evento. Até lá!
O que ocorrendo com esse grupo de RPG? Agora fiquei curioso.
ResponderExcluirPretendo falar sobre o que ocorreu em uma outra oportunidade.
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