Você pode até perguntar aos maiores connaisseur de queijo, mas a maioria não conhecerá a variedade “boueverte”. Isso é porque o queijo em questão não é realmente um alimento, mas sim uma arma de guerra! E mesmo apenas uns poucos estrategistas militares sabem do que se trata a “manobra do queijo boueverte”, o que torna sua eficiência altíssima quando utilizada.
Para realizar a “manobra boueverte” é preciso inocular uma ou mais rodas de queijo com uma pequena amostra de limo esverdeado. A quantidade deve ser realmente pequena, apenas alguns esporos injetados no interior do queijo, caso contrário o limo esverdeado crescerá muito rápido e consumirá o queijo todo em poucos minutos.
Conseguir a cepa de limo esverdeado é uma das partes mais perigosas do processo, e para isso geralmente utiliza-se de aventureiros contratados. A criatura deve ser guardada em um frasco de pedra ou vidro lacrado para evitar acidentes.
Muito cuidado deve ser tomado ao manipular o limo esverdeado, pois um acidente pode se mostrar fatal. Para inocular a amostra no queijo, uma fina agulha de madeira pode ser utilizada, já que o limo corrói metal muito rapidamente, mas a madeira resiste mais tempo. A partir deste ponto, tudo deve ser realizado muito rápido.
Queijo roquefort ou boueverte?
Se tudo for feito corretamente, o dito “queijo boueverte” ficará com a aparência de um queijo azul, similar ao queijo roquefort, conforme o limo esverdeado vai se alimentando do queijo e crescendo dentro deste. Apenas um verdadeiro especialista em queijos tem 20% de chance de reconhecer que há algo errado com o boueverte.
O queijo boueverte deve ser direcionado a seu alvo em poucas horas, para que nada seja percebido e o truque surta efeito. Se o alvo for um único indivíduo, um espião infiltrado pode trocar o queijo de uma refeição pelo boueverte, mas se o alvo for toda uma cidade, um carregamento inteiro de boueverte pode ser entregue no lugar do fornecimento normal de queijo, possivelmente direcionado ao exército local, ou apenas causando uma epidemia descontrolada entre os habitantes. Rodas de boueverte também podem ser catapultadas para além de muralhas, visando a população faminta de uma cidade em cerco.
Qualquer um que ingerir o queijo boueverte, ou mesmo tocá-lo quando a criatura já tiver consumido a camada externa do queijo, é infectado pela maléfica infestação gosmenta e transforma-se em um limo esverdeado em poucos minutos (1d4 rodadas em AD&D, ou 1d4 turnos em Old Dragon), após o que nenhuma ressureição é possível. Curar doenças pode neutralizar o efeito se lançada rapidamente, assim como um membro infectado pode ser amputado antes de consumir o resto do corpo (infelizmente essa opção não é possível para o caso de ingestão).
Mesmo se ninguém ingerir o queijo, a manobra ainda pode mostrar-se bem sucedida, pois o limo esverdeado infestará as despensas do local, enquanto devora toda matéria orgânica e metais próximos, e causa vítimas entre todos aqueles que o tocarem inadvertidamente.
Fogo pode dar cabo da criatura, mas ainda assim existe chances de restarem esporos que gerem novas colônias após algum tempo. Por isso mesmo, essa manobra geralmente é utilizada em cidades que não se deseja conquistar, apenas destruir, já que é muito difícil se livrar do limo esverdeado depois.
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Esta postagem faz parte da iniciativa Ciranda de Blogs, cujo tema de Junho é queijo.
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