Dentre todas as classes da atual edição do D&D a mais criticada pelos jogadores é sem dúvida o ranger. Entre as diversas críticas estão coisas como o ranger não ter nenhuma habilidade que alguma outra classe não faça melhor, as habilidades de combate não escalonarem muito bem com a progressão de nível, e algumas das habilidades simplesmente não terem função prática alguma.
Não é a primeira vez que isso acontece. De fato, no D&D 3.5 uma das classes que mais mudou em relação ao D&D 3.0 foi o ranger - devido ao fato de que o ranger do 3.0 era muito ruim e sem graça em comparação com as outras classes do jogo. Começo a crer que ninguém na Wizards of the Coast gosta muito da classe ranger...
É verdade que muitas das reclamações dos jogadores tem a ver com "poder" puro e simples: a concepção de que mecanicamente o ranger é inferior às demais classes em combate. Eu não acho isso uma razão válida para descartar a classe como ruim se ela fizer o que se propõe. O problema é que o ranger do D&D 5ªed é realmente uma classe mal construída.
Vejamos por exemplo uma habilidade chamada Primeval Awareness, que a classe ganha no 3º nível: ela permite que, ao gastar um slot de magia, o ranger consiga pressentir a presença de criaturas dos tipos elemental, aberração, celestial, dragão, fada, demônio ou morto-vivo em um raio de 1.600 metros, sem no entanto conseguir discernir sua localização ou número. Ou seja, o ranger gasta uma magia para poder dizer "Companheiros, fiquem alertas: há um ou infinitos mortos-vivos em qualquer direção daqui a até 1km e meio de distância!". Sério, isso é uma habilidade completamente inútil.
Bom, o fato é que a WotC decidiu ouvir as críticas dos jogadores e disponibilizou uma nova versão da classe que tenta consertar os problemas apresentados na versão original. Segundo Mike Mearls, essa nova versão do ranger ainda é uma espécie de playtest e caso seja bem recebida pode vir a aparecer oficialmente em um suplemento futuro como uma opção à versão original da classe.
E aparentemente a equipe de design dessa vez acertou melhor na construção da classe. Em primeiro lugar, a habilidade Inimigo Favorecido agora confere um bônus de dano contra o tipo de criatura escolhido, como sempre foi no passado. Natural Explorer agora funciona com qualquer tipo de terreno, e não apenas no terreno favorecido (apesar de que eu faria diferente, nem 8 nem 80: ao invés de funcionar apenas em um terreno ou em todo lugar, eu permitira que o ranger escolhesse um novo tipo de terreno favorecido a cada nível ímpar, assim permitindo que o personagem fosse se familiarizando com novos habitats conforme fosse se aventurando). E ao invés de se chamar "arquétipo" (o nome mais preguiçoso que puderam encontrar), os tipos de especialização que o ranger pode escolher a partir do 3º nível agora chama-se "conclave" - muito mais adequado.
Há muitas outras mudanças, maiores e menores na classe, e uma das que eu mais gostei é que o ranger tornou-se a única classe de homem-de-armas sem receber um ataque extra no 5º nível por sua classe básica. Agora, o ataque extra é dado pela escolha do conclave - e caso você escolha o conclave das feras (focado no companheiro animal) quem ganha ataques extras é seu companheiro animal e não o ranger! Sem contar a tabela de Traits e Flaws para o animal, que é excelente.
A nova versão da classe pode ser baixada gratuitamente em PDF no site oficial do D&D, e vale à pena ser conferida.
Não é a primeira vez que isso acontece. De fato, no D&D 3.5 uma das classes que mais mudou em relação ao D&D 3.0 foi o ranger - devido ao fato de que o ranger do 3.0 era muito ruim e sem graça em comparação com as outras classes do jogo. Começo a crer que ninguém na Wizards of the Coast gosta muito da classe ranger...
É verdade que muitas das reclamações dos jogadores tem a ver com "poder" puro e simples: a concepção de que mecanicamente o ranger é inferior às demais classes em combate. Eu não acho isso uma razão válida para descartar a classe como ruim se ela fizer o que se propõe. O problema é que o ranger do D&D 5ªed é realmente uma classe mal construída.
Vejamos por exemplo uma habilidade chamada Primeval Awareness, que a classe ganha no 3º nível: ela permite que, ao gastar um slot de magia, o ranger consiga pressentir a presença de criaturas dos tipos elemental, aberração, celestial, dragão, fada, demônio ou morto-vivo em um raio de 1.600 metros, sem no entanto conseguir discernir sua localização ou número. Ou seja, o ranger gasta uma magia para poder dizer "Companheiros, fiquem alertas: há um ou infinitos mortos-vivos em qualquer direção daqui a até 1km e meio de distância!". Sério, isso é uma habilidade completamente inútil.
Bom, o fato é que a WotC decidiu ouvir as críticas dos jogadores e disponibilizou uma nova versão da classe que tenta consertar os problemas apresentados na versão original. Segundo Mike Mearls, essa nova versão do ranger ainda é uma espécie de playtest e caso seja bem recebida pode vir a aparecer oficialmente em um suplemento futuro como uma opção à versão original da classe.
E aparentemente a equipe de design dessa vez acertou melhor na construção da classe. Em primeiro lugar, a habilidade Inimigo Favorecido agora confere um bônus de dano contra o tipo de criatura escolhido, como sempre foi no passado. Natural Explorer agora funciona com qualquer tipo de terreno, e não apenas no terreno favorecido (apesar de que eu faria diferente, nem 8 nem 80: ao invés de funcionar apenas em um terreno ou em todo lugar, eu permitira que o ranger escolhesse um novo tipo de terreno favorecido a cada nível ímpar, assim permitindo que o personagem fosse se familiarizando com novos habitats conforme fosse se aventurando). E ao invés de se chamar "arquétipo" (o nome mais preguiçoso que puderam encontrar), os tipos de especialização que o ranger pode escolher a partir do 3º nível agora chama-se "conclave" - muito mais adequado.
Há muitas outras mudanças, maiores e menores na classe, e uma das que eu mais gostei é que o ranger tornou-se a única classe de homem-de-armas sem receber um ataque extra no 5º nível por sua classe básica. Agora, o ataque extra é dado pela escolha do conclave - e caso você escolha o conclave das feras (focado no companheiro animal) quem ganha ataques extras é seu companheiro animal e não o ranger! Sem contar a tabela de Traits e Flaws para o animal, que é excelente.
A nova versão da classe pode ser baixada gratuitamente em PDF no site oficial do D&D, e vale à pena ser conferida.
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