O Assassino como classe é sempre uma questão polêmica, cercada de ferrenho debate. Normalmente o cerne da discussão envolve a legitimidade do assassino como uma classe de verdade, ou se deve apenas ser um kit, prestige class, ou simplesmente um conceito abstrato.
No AD&D 3.5 eu optei por manter o Assassino como uma classe de personagem, por um punhado de razões. A primeira razão é o fato do assassino aparecer no AD&D 1ªed como uma classe (ou melhor, uma sub-classe). Deste modo, mantê-lo assim é uma espécie de homenagem a Gary Gygax e seus conceitos originais para o jogo.
A segunda razão é que, como eu já falei uma vez, o Assassino não é um simples matador. Um dos principais focos de discórdia ao assassino como classe é a defesa de que qualquer classe pode tornar-se um assassino, é só decidir fazer da morte de outros o seu ganha-pão. Até certo ponto é verdade, afinal se tudo o que eu quero é alguém morto, independente de como, tudo o que eu tenho a fazer é contratar meia dúzia de orcs. E se eu quero ter certeza de que o alvo terá pouca chance de sobrevivência, o melhor a fazer é contratar um mago para o serviço (afinal, poucas coisas são mais mortíferas que bolas de fogo). Mas se o que é necessário é discrição, não é qualquer um que será capaz de fazer o serviço, é necessário contratar alguém especializado (tá, talvez o mago seja capaz de fazer, mas todos sabem o que eu e Gary Gygax achamos dos magos).
A grande maioria das outras classes, quando decidem viver de matar os outros por dinheiro tornar-se-ão simplesmente matadores. A classe assassino é a única especializada em matar de forma discreta. Um assassino não confronta seu alvo, a menos que tudo o mais dê errado. Um bom assassino mata seu alvo pelas costas, infiltra-se na cozinha do castelo e envenena sua comida, ou acaba com ele em um golpe só, antes que ele tenha a oportunidade de perceber que aquele homem a seu lado, apesar dos trajes, não é um de seus guardas. E tudo isso sem usar magia. Pensando desse modo, o assassino é um verdadeiro arquétipo de personagem.
A terceira é última razão é que o assassino existe para desencorajar uma atitude frequentemente vista no D&D 3.5: transformar o ladrão num mero assassino. Durante o período de reinado da 3ª edição do D&D uma das coisas que eu mais vi foram pessoas desvirtuando o papel do ladrão e encarando a classe apenas como um matador furtivo. Eu vi centenas, se não milhares, de “builds” para ladrões que transformavam eles numa máquina de fazer sneak attack, mas posso contar nos dedos de uma mão as progressões que transformavam o ladrão em um explorador ou gatuno altamente eficaz.
O ladrão rouba, se esconde, escala muros, arromba fechaduras e vasculha as dungeons em busca de armadilhas a serem desarmadas. Matar é um ato ocasional, realizado quando surge a necessidade, afinal às vezes é matar ou morrer. Mas no D&D 3.x quase todos encaravam o “ataque furtivo” como função primordial do ladrão. Justamente para fugir desse erro interpretativo de papéis que eu decidi incluir o assassino no AD&D 3.5. Agora o ladrão pode novamente roubar, pois o matador furtivo é o assassino!
Ao construir as classes o intuito foi diferenciar as duas o suficiente para que o assassino não se tornasse apenas o ladrão com algumas habilidades a mais. Ainda que haja várias similaridades entre eles (afinal, um é uma sub-classe do outro) eu espero ter conseguido incluir um conjunto de habilidades em ambas as classes que ao mesmo tempo diferencia uma da outra e caracteriza exatamente o campo de atuação de cada uma.
No AD&D 3.5 eu optei por manter o Assassino como uma classe de personagem, por um punhado de razões. A primeira razão é o fato do assassino aparecer no AD&D 1ªed como uma classe (ou melhor, uma sub-classe). Deste modo, mantê-lo assim é uma espécie de homenagem a Gary Gygax e seus conceitos originais para o jogo.
A segunda razão é que, como eu já falei uma vez, o Assassino não é um simples matador. Um dos principais focos de discórdia ao assassino como classe é a defesa de que qualquer classe pode tornar-se um assassino, é só decidir fazer da morte de outros o seu ganha-pão. Até certo ponto é verdade, afinal se tudo o que eu quero é alguém morto, independente de como, tudo o que eu tenho a fazer é contratar meia dúzia de orcs. E se eu quero ter certeza de que o alvo terá pouca chance de sobrevivência, o melhor a fazer é contratar um mago para o serviço (afinal, poucas coisas são mais mortíferas que bolas de fogo). Mas se o que é necessário é discrição, não é qualquer um que será capaz de fazer o serviço, é necessário contratar alguém especializado (tá, talvez o mago seja capaz de fazer, mas todos sabem o que eu e Gary Gygax achamos dos magos).
A grande maioria das outras classes, quando decidem viver de matar os outros por dinheiro tornar-se-ão simplesmente matadores. A classe assassino é a única especializada em matar de forma discreta. Um assassino não confronta seu alvo, a menos que tudo o mais dê errado. Um bom assassino mata seu alvo pelas costas, infiltra-se na cozinha do castelo e envenena sua comida, ou acaba com ele em um golpe só, antes que ele tenha a oportunidade de perceber que aquele homem a seu lado, apesar dos trajes, não é um de seus guardas. E tudo isso sem usar magia. Pensando desse modo, o assassino é um verdadeiro arquétipo de personagem.
A terceira é última razão é que o assassino existe para desencorajar uma atitude frequentemente vista no D&D 3.5: transformar o ladrão num mero assassino. Durante o período de reinado da 3ª edição do D&D uma das coisas que eu mais vi foram pessoas desvirtuando o papel do ladrão e encarando a classe apenas como um matador furtivo. Eu vi centenas, se não milhares, de “builds” para ladrões que transformavam eles numa máquina de fazer sneak attack, mas posso contar nos dedos de uma mão as progressões que transformavam o ladrão em um explorador ou gatuno altamente eficaz.
O ladrão rouba, se esconde, escala muros, arromba fechaduras e vasculha as dungeons em busca de armadilhas a serem desarmadas. Matar é um ato ocasional, realizado quando surge a necessidade, afinal às vezes é matar ou morrer. Mas no D&D 3.x quase todos encaravam o “ataque furtivo” como função primordial do ladrão. Justamente para fugir desse erro interpretativo de papéis que eu decidi incluir o assassino no AD&D 3.5. Agora o ladrão pode novamente roubar, pois o matador furtivo é o assassino!
Ao construir as classes o intuito foi diferenciar as duas o suficiente para que o assassino não se tornasse apenas o ladrão com algumas habilidades a mais. Ainda que haja várias similaridades entre eles (afinal, um é uma sub-classe do outro) eu espero ter conseguido incluir um conjunto de habilidades em ambas as classes que ao mesmo tempo diferencia uma da outra e caracteriza exatamente o campo de atuação de cada uma.
uma dica é olhar o dmg do AD&D1st pagina 20 para os venenos, e pg 19 para efeitos de espionar. nao precisa usar as tabelas como sao , mas elas me deram uma otima base do q fazer em minhas campanhas.
ResponderExcluirquanto ao henchman/hireling, confesso q por mau costume, nos jogos acabamos por chamar todos de henchman :P
A gente devia divulgar esse post para os quatro cantos do mundo RPGistico... Malditos combeiros de sneak attack, jogam de ladrão e a última coisa que fazem é roubar alguma coisa... mancham a honra dos ladinos!
ResponderExcluirINapta (thief desde a primeira sessão de RPG na vida! =D)
Caro Igor Corvus Corax, vc é um maldito véio, por não escrever esse projeto tão perfeito que é o AD&D 3.5, mesmo com meu inglês deficiente me esforço para acompanhar as suas matérias e adaptações, enfim pelo menos uns demos (nv 1 a 10) das classes de personagem,ou um fastplay em português, seria muito massa!!!
ResponderExcluirAbraços e sucesso...
do humilde fã...
-Pablo (vorpal)
@Pablo: Obrigado pelo apoio! Não prometo nada, porque fazer tudo sozinho é bem trabalhoso, principalmente quando não é minha atividade principal, mas quando der um tempo eu faço alguma coisa em português, talvez um fast-play.
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