No começo deste mês foram divulgados os vencedores do ENnie Awards 2015, e o que chamou a atenção foi um retro-jogo receber 4 prêmios.
A Red & Pleasant Land, que para que não conhece trata-se de um suplemento do retro-jogo Lamentations of the Flame Princess, ganhou a prata nas categorias "Melhor Aventura" e "Produto do Ano", e o ouro nas categorias "Melhor Cenário" e "Melhor Texto".
A Red & Pleasant Land, que para que não conhece trata-se de um suplemento do retro-jogo Lamentations of the Flame Princess, ganhou a prata nas categorias "Melhor Aventura" e "Produto do Ano", e o ouro nas categorias "Melhor Cenário" e "Melhor Texto".
As quatro medalhas do A Red & Pleasant Land.
Mas não foi só isso, se incluirmos outros jogos que podem ser considerados Old School, entre Glorantha, Call of Cthulhu, e Lamentations of the Flame Princess, foram 8 prêmios ENnies, 3 de ouro e 5 de prata.
É verdade que este ano houve uma grande polêmica que pôs a legitimidade do ENnies Awards em xeque: inicialmente, foi nomeado para concorrer a várias categorias, incluindo "Produto do Ano", um RPG pirata. "Pirata" porque tratava-se de uma adaptação de uma franquia de videogames para o sistema FATE, só que sem possuir a licença para tal adaptação.
Isso mostrou a falta de critério dos juízes para determinar os concorrentes, e demonstrou algo que os mais atentos já haviam notado: apesar de ser considerado por muitos o maior prêmio do RPG mundial, o ENnies não trata-se de uma avaliação técnica, mas sim trata-se de pouco mais que um concurso de popularidade. Isso porque a premiação é feita com base na votação popular de produtos nomeados pelos juízes.
Mas isso não é o mesmo que afirmar que o ENnies não significa nada. Podemos tirar algumas avaliações do resultado da premiação. Se os prêmios são uma escolha de popularidade, e a votação popular (mesmo com todas as distorções possíveis) escolheu como segundo melhor produto do ano um livro da OSR, isso significa que tem muita gente por aí apoiando a Renascença Old School. Levando em conta os outros prêmios recebidos, a OSR afinal mostra que não é um nicho tão pequeno assim - e que as editoras devem ficar atentas a isso.
Vale salientar também que este ano o D&D levou 13 prêmios (sem contar mais 2 relacionados a miniaturas e boardgames que utilizam a marca), e a Wizards of the Coast levou a medalha de ouro de melhor editora. E nesses 13 incluem-se o ouro de "Melhores Regras" e "Produto do Ano" para o Player's Handbook do D&D 5ªed.
Claramente a 5ª edição do D&D "dá um passo atrás" em relação ao D&D 4ªed, retornando para regras mais similares às suas edições anteriores. E também há todo o discurso da nova edição de permitir regras mais modulares e flexíveis, que permitem um estilo de jogo mais old school, o que em grande parte é verdade. Os 13 prêmios desse ano (e os apenas 2 prêmios para o Pathfinder - ainda que a Paizo tenha sido escolhida a segunda melhor editora do ano) mostra para a WotC que eles escolheram o caminho certo.
Agora, esperemos que a indústria do RPG (e principalmente a Hasbro) continue atenta para o fato de que a OSR é mais do que um nicho dentro do nicho, e que o que a maioria dos jogadores realmente quer é um D&D que se pareça com o D&D.
É verdade que este ano houve uma grande polêmica que pôs a legitimidade do ENnies Awards em xeque: inicialmente, foi nomeado para concorrer a várias categorias, incluindo "Produto do Ano", um RPG pirata. "Pirata" porque tratava-se de uma adaptação de uma franquia de videogames para o sistema FATE, só que sem possuir a licença para tal adaptação.
Isso mostrou a falta de critério dos juízes para determinar os concorrentes, e demonstrou algo que os mais atentos já haviam notado: apesar de ser considerado por muitos o maior prêmio do RPG mundial, o ENnies não trata-se de uma avaliação técnica, mas sim trata-se de pouco mais que um concurso de popularidade. Isso porque a premiação é feita com base na votação popular de produtos nomeados pelos juízes.
Mas isso não é o mesmo que afirmar que o ENnies não significa nada. Podemos tirar algumas avaliações do resultado da premiação. Se os prêmios são uma escolha de popularidade, e a votação popular (mesmo com todas as distorções possíveis) escolheu como segundo melhor produto do ano um livro da OSR, isso significa que tem muita gente por aí apoiando a Renascença Old School. Levando em conta os outros prêmios recebidos, a OSR afinal mostra que não é um nicho tão pequeno assim - e que as editoras devem ficar atentas a isso.
Vale salientar também que este ano o D&D levou 13 prêmios (sem contar mais 2 relacionados a miniaturas e boardgames que utilizam a marca), e a Wizards of the Coast levou a medalha de ouro de melhor editora. E nesses 13 incluem-se o ouro de "Melhores Regras" e "Produto do Ano" para o Player's Handbook do D&D 5ªed.
Claramente a 5ª edição do D&D "dá um passo atrás" em relação ao D&D 4ªed, retornando para regras mais similares às suas edições anteriores. E também há todo o discurso da nova edição de permitir regras mais modulares e flexíveis, que permitem um estilo de jogo mais old school, o que em grande parte é verdade. Os 13 prêmios desse ano (e os apenas 2 prêmios para o Pathfinder - ainda que a Paizo tenha sido escolhida a segunda melhor editora do ano) mostra para a WotC que eles escolheram o caminho certo.
Agora, esperemos que a indústria do RPG (e principalmente a Hasbro) continue atenta para o fato de que a OSR é mais do que um nicho dentro do nicho, e que o que a maioria dos jogadores realmente quer é um D&D que se pareça com o D&D.
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