Eu não gosto muito de extraplanares, e raramente os uso diretamente em meus jogos. Ao contrário de um enorme número de mestres e jogadores de RPG que eu conheço, prefiro deixar as forças do céus e inferno de fora do meu jogo, e não penso que demônios resultem em grandes oponentes para um grupo de aventureiros.
Gosto de desafios mais terrenos em minhas aventuras. Um culto de adoradores do demônio é legal. Um demônio ocasional invocado por algum megalomaníaco que acha que vai ganhar algo com isso, é interessante. Hordas demoníacas como ameaça da campanha, eu acho bem pouco evocativo.
Gênios eu acho mais legais, mas são um tipo de criatura que é poderosa demais. Chega a ser difícil incluir um no jogo como oponente sem este acabar com o grupo dos personagens logo de primeira.
Por isso que para mim os extraplanares em geral estão todos mais ou menos no mesmo patamar. Se fosse obrigado a escolher uma categoria genérica de extraplanares como meus preferidos, acho que ficaria com os pesadelos, os demônios em forma de cavalos negros de crina flamejante. E principalmente porque eles resultam em montarias maneiras para os vilões.
Mas há um extraplanar único, um demônio, que é sem dúvida meu predileto entre as criaturas dos planos exteriores. O Gentleman Caller, ou Cavalheiro Visitante como foi traduzido, é um NPC de Ravenloft que eu acho muito interessante. Um incubus que entrou na Terra das Brumas voluntariamente, cujos planos são totalmente desconhecidos, e que age de forma sutil e manipuladora, seguindo sua própria agenda inescrutável. Um sedutor que cumpre sua existência arruinando a vida de jovens donzelas, e criando os temíveis Dukkar. A versão ravenloftiana de Mefistófoles.
Para mim essa é a melhor forma de um demônio ser utilizado em jogo: não como uma besta destruidora, mas como um corruptor pérfido e ardiloso, que traz miséria ao mundo indiretamente.
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