Parar para pensar na raça de personagem favorita é algo que me faz levantar algumas questões interessantes.
Com o tempo eu aprendi a gostar igualmente de todas as raças básicas do D&D - humanos, elfos, anões e halflings – e hoje eu consigo em pensar em personagens de todas elas com os quais eu gostaria de jogar. Mas desde que botei os olhos a primeira vez no D&D, a raça que mais me atraiu a atenção foram os elfos. Em partes acredito que foi a ligação dessa raça com as florestas; sempre gostei de florestas, animais e regiões selvagens, e a ideia de um personagem que faz parte desse tema me agrada bastante.
Mas em partes também é o fato de que naquele momento em que os conheci, os elfos não eram iguais a nada que eu já tivesse visto. Oras, eu era bastante familiar com fantasia do estilo encontrado em A Espada Selvagem de Conan, nos tradicionais Contos de Fada ou em desenhos animados como Caverna do Dragão e He-Man. Anões eram velhos conhecidos, dos companheiros de Branca de Neve aos que aparecem em um ou outro episódio de Caverna do Dragão. Os halflings me eram simpáticos também, mas sinceramente, não havia informação suficiente para que eu conseguisse vê-los com uma personalidade e cultura própria (passariam-se vários anos ainda até que eu soubesse da existência das obras de Tolkien); pra mim eram pessoas pequeninas, ou outro tipo de anão. Mas os elfos, estes não! Era bem claro que eles tinham uma cultura e personalidade próprias, e ainda assim, eram algo totalmente “novo” e “original” (lembrem-se: nada de Tolkien ainda!).
Só que meus elfos nada tinham dos nobres e belos noldo de Tolkien. Pelo contrário, sempre estiveram mais para os arredios, agressivos e quase selvagens elfos da floresta do AD&D, mesmo sem sequer saber que existia um AD&D na época. Não é à toa que até hoje os elfos da floresta são minha sub-raça predileta de elfos.
E essa preferencia nada tem a ver com habilidades ou regras, já que no D&D os elfos não eram tão melhores que nenhuma outra raça/classe, exceto por lutarem e fazer magias, e o primeiro personagem elfo que montei sequer usava as magias a que teria direito, mesmo pagando mais XP pra evoluir!
O que me leva à grande questão que esse assunto me fez pensar: apesar de todas as vantagens que outras raças ofereciam (principalmente os elfos), por alguma razão, 80% dos meus jogadores de AD&D jogavam com personagens humanos. No D&D 3.5 os humanos tem a enorme vantagem do talento extra, mas no AD&D humanos simplesmente não recebiam nada. Nada mesmo, nenhuma vantagem ou modificador de atributo, nem coisa alguma. E mesmo assim, quase todo mundo queria jogar com personagens humanos.
Até hoje não sei direito porque isso acontecia. Eu tinha até vontade de que fosse diferente, para ter mais personagens de raças diferentes no jogo (nunca houve nenhum halfling ou gnomo, por exemplo). Mas o fato é que, os jogadores gostavam é de ser humanos, mesmo não ganhando nada com isso. Bons tempos em que as pessoas não ligavam tanto para regras, bônus e vantagens na hora de montar seus personagens!
...Falou tudo ! bons tempos quando RPG era RPG e não jogo de estratégia...ah , minhas raças preferidas eram justamente humanos e em segundo lugar anões...posteriormente conheci Tasslehoff rsrsrs kenders são muito legais rsrsrs...ótimo post um abraço...
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