Esta é a postagem referente ao dia 2 de Agosto do #RPGaDay 2016, a última postagem atrasada que faltava (e que estou postando mais atrasado do que deveria).
No último ano, a sessão de jogo mais marcante para mim e para a maior parte dos jogadores do meu grupo (sim, eu consultei eles a esse respeito para responder essa questão) foi uma incursão às ruínas de Shiro Chuda na campanha de Legends of the 5 Rings.
Para quem não está familiarizado com o cenário de Rokugan, Shiro Chuda foi o castelo do antigo Clã da Serpente, que sucumbiu integralmente à prática do maho (feitiçaria de sangue) e acabou se corrompendo por isso. A muitos séculos, o Clã da Serpente foi destruído, toda a área foi devastada, e tudo o que restou são as ruínas amaldiçoadas do que um dia foi a província governada pela família Chuda.
Bem, minha campanha se passa mais ou menos na época do Scorpion Coup (um evento importante na história do cenário), e devido a indícios da presença de um maho-tsukai (feiticeiro) na região, o grupo faz uma incursão até Shiro Chuda (o antigo castelo do Clã da Serpente) para tentar capturar o indivíduo.
Para tornar tudo mais divertido, eu descrevi a região como uma grande área semiárida e devastada, com as ruínas da cidade no meio e o castelo no centro.
Entre a cortesã do grupo arranjar uma mensagem a ser entregue na terra do Clã da Fênix (um aviso e pedido de ajuda aos Inquisidores Asako) como desculpa para não precisar entrar naquele território, e um dos shugenja do grupo pirando totalmente, aconteceu de tudo naquela sessão.
Teve confronto contra dezenas de bakemono (os goblins do cenário) no meio das ruínas da cidade, samurai morto-vivo, investigação, armadilhas, exploração de dungeon (as catacumbas do castelo), feiticeira velha sendo fatiada sem dó pelos samurais, resgate da corrupta técnica perdida dos Chuda, e não uma, mas duas lutas contra oni (os poderosos demônios do cenário).
Dentre tudo o que aconteceu, duas cenas foram mais marcantes. Uma foi o Isawa shugenja (que na verdade é um filho bastardo do Imperador em pessoa), caindo sob o efeito de uma magia que faz o alvo agir como o pior estereótipo de sua família, e ficando extremamente arrogante e exigindo reverências de todo mundo. Isso depois de arrancar o mon (brasão) dos Isawa de seu kimono e jogar no chão!
A segunda foi o desdobramento do confronto com um dos oni que transmitia uma doença extremamente contagiosa (e que foi carinhosamente apelidado pelos jogadores de “oni da boqueira”). Ao confrontarem a criatura, logo nos primeiros ataques, perceberam que o sangue contaminado da criatura respingava e contaminava quem estivesse perto. Vendo isso, o samurai mais poderoso e combativo do grupo, com reputação de ser um açougueiro sanguinário, amarelou e não foi ao confronto do monstro. Não porque tenha falhado em um teste de medo (eles existem no sistema), mas sim porque o jogador ficou com medo de perder o personagem mesmo!
A galera no fim conseguiu matar o demônio, mas em consequência dois dos samurais ficaram doentes, e acabaram morrendo no retorno para casa. Um deles havia sido considerado um criminoso e desonrado sessões antes, mas lutou corajosamente contra a criatura e no fim, pediu perdão aos kami (deuses) e acabou se redimindo de seus erros antes de morrer. Foi uma cena muito bonita e legal de rolar na mesa.
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