Essa é uma pergunta complicada. O que classifica alguém como "personalidade histórica"? Eu gostaria em meu grupo como um jogador/mestre, ou como um personagem na mesa? Pois é, acho que terei de deduzir essas questões por minha própria conta e encontrar uma resposta que pareça adequada.
Vou assumir que a personalidade seria um jogador ou mestre no grupo, e não um mero personagem. E por toda a importância e influência que ele representa para a cultura pop atual, considero que Gary Gygax pode ser certamente considerado como uma personalidade histórica.
Seria incrível ter Gygax na mesa, como jogador, ou melhor ainda, como mestre. Pelo que vejo escrito em seus livros, principalmente no Dungeon Masters Guide do AD&D 1ªed, e em alguns comentários postados em fóruns ao longo dos anos, eu simpatizo muito com a forma como Gary via o RPG e provavelmente como conduzia seus jogos. O jogo, claro, seria Dungeons & Dragons em qualquer uma de suas encarnações.
Mas caso alguém discorde que Gygax seja uma personalidade histórica válida, minha segunda opção seria H. G. Wells. O famoso escritor britânico não só era um renomado romancista 4 vezes indicado ao Prêmio Nobel de Literatura, como foi também um prolífico autor de ficção científica, com obras icônicas como A Ilha do Dr. Moreau, O Homem Invisível, A Guerra dos Mundos e A Máquina do Tempo. Toda essa habilidade para criar e contar histórias seria muito bem aproveitada numa mesa de jogo.
H. G. Wells jogando uma partida de Little Wars.
Não bastasse, Wells escreveu Little Wars, um manual de regras para wargames, o que me leva a crer que talvez ele realmente viesse a apreciar RPGs se tivesse contato com o jogo. Para fechar o pacote, ele, assim como eu, também era um biólogo, tendo estudado com Thomas Huxley - o que me faz crer que talvez nos déssemos bem - no mínimo teríamos assuntos em comum para conversar. Quanto ao jogo, penso que ele gostaria de tentar um GURPS Infinite Worlds, que daria a ele liberdade bastante para trabalhar, e ele mestrando poderia vir a ser genial.
Se alguém ainda achar que H. G. Wells não é "histórico" o suficiente (dúvido!), penso que Mary Shelley - a genial autora de Frankenstein - seria alguém interessante para se ter na mesa. Jogando em uma campanha de Ravenloft, é claro!
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