A inovação da qual grupos de jogo mais podem se beneficiar certamente são os chats de vídeo e as plataformas de jogo online. Digo isso porque elas basicamente resolvem o mais velho e básico problema do RPGista: não ter um grupo de jogo.
Hoje em dia, qualquer um com uma conexão de internet razoável e boa vontade consegue jogar RPG. Não conhecer outros jogadores na sua cidade não é mais desculpa. Claro, redes sociais também podem ter seu aspecto de importância nisso - afinal, elas dão uma boa mão para encontrar um grupo com o qual jogar à distância. Mas elas não são imprescindíveis para viabilizar um jogo via chat.
Meu grupo tem rolado jogos utilizando desses meios já a algum tempo, e tem se mostrando uma mão na roda. No nosso caso, foi a maneira que encontramos de integrar dois amigos que tiveram de se mudar de cidade à mesa de jogo, fazendo assim com que eles não precisassem abandonar o grupo, mesmo que não pudessem mais comparecer fisicamente.
Em um dos casos, rolamos mesas totalmente virtuais, geralmente no meio da semana à noite. Inicialmente utilizávamos apenas o Google Hangout para tocar os jogos e funcionava bem, mas recentemente começamos a usar o Roll20 e ele se mostrou uma mão na roda. Plataformas de mesa virtual como essa são de grande ajuda para rolar combates táticos, mostrar mapas aos jogadores, e já integram um rolador de dados à interface de voz e vídeo. Vídeo, inclusive, é algo que nem usamos nesses jogos, apenas a voz é suficiente.
No outro caso, um dos jogadores que se mudou decidiu continuar jogando a campanha que nosso grupo mantém aos fins de semana. Assim, o grupo era inteiramente presencial, com exceção deste único jogador que jogava remotamente.
O "robô". Praticamente um Avatar!
Para isso, usamos o Google Hangout também - como a mesa é basicamente presencial, não é necessário uma interface de mesa virtual nem roladores de dados. Mas nesse caso o vídeo é importante: é bom que o jogador remoto tenha como ver o que está acontecendo na mesa presencial. E também não é ruim que o grupo possa ver seu camarada distante através da tela do computador!
Para essa empreitada montamos um equipamento padrão que utilizamos: um iPad e uma caixa de som. Qualquer computador na verdade serviria, mas certamente um aparelho portátil, como um notebook, é mais prático. O iPad por ser ainda menor mostrou-se melhor, pois cabe na mesa sem ocupar muito espaço, é fácil de ser manejado, e pode ser mantido em pé sem dificuldade. Além disso ele tem uma câmera embutida que permitia ao jogador remoto ver nosso jogo presencial o tempo todo.
No entanto, percebemos que o som era um problema: os alto-falantes do iPad não davam conta de superar o barulho da mesa presencial, e às vezes era difícil ouvir o jogador remoto. Assim, depois de várias tentativas, resolvemos o problema ligando o iPad a um amplificador portátil de guitarra. A todo esse aparato demos o apelido de "robô": o avatar eletrônico de nosso companheiro distante.
Atualmente o jogador retornou e não precisamos mais usar o "robô". Mesmo assim, toda essa experiência nos mostrou como são úteis essas interfaces de chat por vídeo para os jogos de RPG, e que a partir de agora nenhuma distância nos impedirá de jogar com nossos amigos!
O jogador distante, ao estar na mesa através do robô, devia se sentir como em uma das reunião do Conselho Jedi uashdsuhau
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