Ao longo do tempo a gente vai aprendendo uma coisinha aqui e outra ali com quase todo mundo com quem nós jogamos. Mas aquele que mais me afetou, de forma positiva, eu acho que foi um cara chamado Marco Aurélio, que também foi o melhor Mestre de Jogo que eu já tive.
Na maior parte do tempo eu sou o mestre, então não é de se admirar que quem mais tenha afetado meu estilo de jogar tenha sido aquele que eu considero quem melhor mestrou para mim.
Mas mesmo como jogador, o Marco mandava muito bem e me ensinou algumas coisas. Ele me fez aprender que o estilo do personagem é importante, um personagem estiloso é muito mais marcante que um personagem simplório - mesmo que a ideia seja ter um personagem simplório, faça isso com estilo.
Os personagens dele também sempre tinham uma personalidade própria, ele não jogava sempre com o mesmo personagem - infelizmente uma coisa que muito de nós fazemos, apenas trocando nome, classe e raça, mas mantendo a mesma personalidade sempre. Um personagem é uma outra persona, deve ter uma certa vida própria, e por vezes ele fará coisas que são diferentes da forma coma qual você reagiria a uma certa situação.
Seus personagens também possuíam alguns maneirismos próprios, diferentes dos de seu jogador. Assim como você os tem, o personagem deve ter certos maneirismos que façam as pessoas lembrar dele. Expressões, preferências, traços de personalidade, comportamentos típicos, jeitos de falar, sotaques, tudo isso contribui para um personagem melhor.
Por fim, os personagens dele tinham uma história simples, curta, mas com significado. Não é preciso 30 páginas de história para um personagem ter profundidade. Uma história curta, relevante para o jogo (e isso é diferente de ser épica ou impactante) e que faça sentido é muito melhor do que páginas e mais páginas de enrolação.
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