Para responder a essa questão eu recorri ao meu grupo, afinal, não é a história que eles contam? Pois bem, a conclusão à qual eu cheguei é que eles não fazem a menor ideia. O problema é que, no meu grupo atual, na maior parte do tempo eu estou mestrando, o que dificulta um pouco as coisas para essa questão.
Assim, meu grupo não consegue chegar a uma unanimidade. Eu, se tivesse de responder sozinho, diria que a história que mais se lembram e contam foi em uma campanha de D&D 3.5 quando meu bardo, Baldric, salvou o grupo todo da morte certa.
A situação era a seguinte: havia um beholder gigante que dominava todo um continente e era adorado como um deus. Nosso grupo precisava matar a criatura por uma razão específica que não vem ao caso. Chegando lá, o monstro fez um desafio - cada um dos aventureiros poderia tentar duelar contra ele, um por vez, em uma espécie de "arena" cheia de pilares e estátuas (na verdade as "estátuas" eram aventureiros derrotados e petrificados). Como quase todo o grupo era leal e bom, aceitaram. Um a um, todos foram morrendo. Lá pelo segundo companheiro a morrer, meu bardo lançou a magia mislead (que torna o conjurador invisível e cria uma ilusão dele mesmo no lugar) e começou lentamente a se afastar do local.
Quando todos haviam sido petrificados (menos o paladino meio-celestial, que era imune a petrificação, e por isso foi capturado e torturado por semanas) e chegou a vez do bardo lutar, a ilusão foi descoberta mas ele já estava bem longe. Então, o bardo foi fugindo pelo continente dominado pela criatura, se juntando à resistência humana, até chegar ao porto e escapar clandestinamente para outro continente. Voltando para casa, Baldric procurou um dragão negro Great Wyrm que era um velho inimigo do grupo e barganhou com ele: o dragão poderia ficar com todo o tesouro do continente, desde que libertasse o restante do grupo. Trato feito, o bardo retornou com o maior inimigo do grupo, que matou o beholder, e assim salvou todo o grupo de personagens leais e bons, que ficaram com aquele gosto agridoce na boca por terem sido salvos por uma criatura completamente maligna.
Mas entre meus amigos, um deles lembra de algumas histórias e Tag O'Brien, o vampiro brujah com o qual eu jogava live action no One World By Night - mas ele era o único que jogava o live comigo. Outro, o mestre da campanha em questão, lembra de Mormegil, o humano guerreiro do D&D 3.5 que dizia ser filho de Moradin, deus dos anões. Mas a maioria diz que o personagem mais memorável foi o Angus.
O Angus era meu personagem na campanha de GURPS Fallout. Ele era um técnico que podia consertar qualquer coisa, bem ao estilo MacGiver (aliás, de onde o nome Angus foi tirado). O problema é que ninguém conseguiu contar uma história pela qual se lembram dele - é mais pelo conjunto da obra mesmo. Apesar de ter a vez em que ele perdeu o braço num tiro de uma arma de plasma, e mesmo assim saiu arrastando seu companheiro desmaiado, George Clooney (sim, um dos personagens era o George Clooney, do tempo do Plantão Médico - e era médico, inclusive!).
A única coisa que todos se lembram, unanimemente, era da ilustração do meu personagem:
Eu só desenhei o da esquerda.
Até hoje não entendo porque todo mundo ria do desenho do meu personagem...
Clétus! <3
ResponderExcluirhuehueheuh